quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

À janela de Taraio (2)


Comentários a "À janela de Taraio (1)"

João Jales:
Os artistas são imorredoiros!
Quer melhor recordação do que ficar com um bocado da alma de Taraio, ao VÊ-LO nos quadros que ele pintava "como se lhe arrancasse um pedaço cada vez que pintava"?
Tenho a certeza que sabe o que significará para si o seu AMIGO, mesmo morto (?)
Manuela Gama Vieira
*
Sei que a morte, que é tudo, não é nada.
E que, de morte em morte, a alma que há
Não cai num poço: vai por uma estrada.
Em Sua hora e a nossa. Deus dirá."
- Fernando Pessoa -

É o que tenho para dizer neste momento.
Isabel Xavier
*
Tive o prazer de conhecer o Taraio através do João Jales.Como eu compreendo e sinto a dor do JJ, por esta dolorosa partida.
Relembrarei a sua côr, opaca e virtuosa, de quem irradia vida e mais vida...
Abraço solidário para o João Jales e demais amigos e familiares.
NB
*
A João Jales (na morte de um amigo):
Na morte de um amigo sinto que estou presente, como que querendo perpetuar a amizade até à eternidade.
Mas o acaso traz nos amigos.  Aquando da morte do Luiz Pacheco, eu e o João Serra estávamos presentes para prestar homenagem a um amigo comum ,e não nos conhecíamos. Foi aí que começou uma nova amizade, a do João Serra. Por ele tive conhecimento do Blog dos ex alunos do ERO e de ti. 
Nada alterou a minha recordação do Luiz Pacheco e com gratidão digo para mim, “obrigado Luiz” (deste-me mais amigos).
Um abraço amigo do
João Ramos Franco
*
Lembro-o como uma pessoa bem disposta, conversadora, simpática, preocupado com o que o rodeava. Tivemos algumas conversas descontraidas (era um bom conversador). Gosto imenso das suas obras e tive a oportunidade de lho dizer pessoalmente. Lembro-me das manhãs em que vinha até ao seu jardim ver o dia nascer, dizer bom dia ... mesmo durante a sua doença, a última frase que me disse pouco após a última ida para o hospital foi "lutamos um dia de cada vez" e era verdade. Acho que Manuel Taraio nunca perdeu a vontade de lutar apesar dessa luta ter sido sempre desigual...
Um até sempre.
Ana Paula Almeida (conhecida de Manuel Taraio e familia - vizinha do Lado na Quinta da Rosa, vivenda 5, onde actualmente residia).
*
Olá! Eventualmente não sabe quem sou. Chamo-me João e tenho 14 anos.
Era vizinho de Manuel Taraio e da sua família. Soube desta trágica notícia, o falecimento de Manuel Taraio.
Taraio era sem dúvida uma pessoa que eu admirava bastante. Para mim, ele tinha um dom. Um dom muito especial. Ele pintava quadros simplesmente lindos e com muita da sua personalidade. Isso em mim cativou-me imenso, pois para mim, Manuel Taraio era um ídolo. Eu sempre adorei desenho e até pensei que ele me pudesse dar umas dicas e/ou que até pudessemos grandes amigos.
Para além de ele ser um grande amigo e bom vizinho, Taraio era uma pessoa que sempre me pareceu calma, alegre e bem disposta. Gostava muito da natureza, e da sua belíssima família. Às vezes os meus pais e o resto dos vizinhos, juntavam-se com ele e todos falavam de tudo um pouco. Esse momento parecia magia.
Com duas filhas lindas e com uma mulher espectacular, tinha tudo para ser feliz...
Nós, não nos falamos muito, só a típica conversa de vizinho, mas não mais do que isso.
Cheguei a ir a casa dele, onde permaneciam expostos os seus magníficos quadros, todos com um bocadinho de si.
Tenho agora uma dor no coração, ao saber que Taraio, deixa em Terra duas filhas e uma mulher sozinhas e com muito sofrimento irreparável.
Não tenho mais nada a dizer sobre este acontecimento triste e desolador.
Só me resta dar os pêsamos à sua família e dizer-lhes que tenham força para superar este acontecimento. Eu sei que não é fácil, pois eu também já passei por isso, mas com outra pessoa, de outro grau de parentesco e foi horrível e a pior coisa que me aconteceu em toda a minha curta vida. Ainda hoje penso no meu avô todos os dias, e quando ganho alguma coisa dedico-a a ele.
E agora, para se alguma vez a família de Manuel Taraio ler este comentário, pensem no como que é que ele gostaria de vos ver. E não se esqueçam que ELE ESTARÁ A OLHAR SEMPRE POR VÓS.
Ass: João Carlos Almeida (5)
*
Vizinhos, dentro de uma Igreja, ele a pintar e eu no Património Histórico. Começou aí uma enorme amizade. Desse tempo guardo todo o processo criativo de um pintor. O que eu aprendi com ele. E conversávamos muito, e ao fim da tarde chegava o João Lourenço que também opinava sobre o trabalho do dia. Depois de tanto lhe organizar os portofolios, conhecia-lhe os quadros quase que de cor. Fecho os olhos e vejo, pessoas, danças, muita música, desde a mais popular, à última exposição nas Caldas (Audiomanias) sobre Jazz; vejo caixas, como um lugar cénico, vejo janelas, como uma abertura de luz para o outro mundo, mais além; e árvores, muitas ou uma só, pinheiros creio, muito simples, delicados; vejo também muitos brinquedos infantis, ursos, soldadinhos de chumbo e uma menina de tranças ou de franjinhas, de quem tanto gostava; vejo outra também pintada com o coração. 
Lembro de amigo comum que me disse:
tens que conhecer um pintor que tem uma cores e uma luz...
Fica aqui um uma dor espaçada no meu coração. Uma saudade...

Margarida Araújo
*
João
Não tive o privilégio de conhecer o M Taraio, mas através das suas palavras amigas fiquei a conhecê-lo um pouco. 
Lamento muito.
Sei o que está a sofrer. Há relativamnte pouco tempo passei pelo mesmo: o meu marido, também partiu sem me avisar. É a dor que dói mais, não há outra que se lhe compare.
A saudade e as boas recordações perduram para sempre, o tempo encarregua-se de amenizar a perda, sempre o disse o nosso povo e é verdade. 
Acreditemos que eles estão ali, apenas do outro lado do caminho, à nossa espera.
Os meus pesamos a todos quanto o amavam de verdade,
Um beijo,
m rodrigues

*
Que sorte a de João Taraio, ter conhecido este menino de 14 anos, chamado João! Tão menino, e já tão "grande".
A este João, um beijo especial!

Manuela Gama Vieira
*
Conhecia o Taraio.
Conversávamos por vezes.
Sentidas condolências à família e aos amigos.
Paulo Prudêncio

Sem comentários: