segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A quien pueda interesar

José Emilio Pacheco, poeta mexicano, galardoado com o Prémio Cervantes.


Que otros hagan aún
el gran poema
los libros unitarios
las rotundas
obras que sean espejo
de armonía


A mí sólo me importa
el testimonio
del momento que pasa
las palabras
que dicta en su fluir
el tiempo en vuelo


La poesía que busco
es como un diario
en donde no hay proyecto ni medida

domingo, 29 de novembro de 2009

O tríptico de prata dourada

O Museu Alberto Sampaio já tem site. Imprescindível.
Quer começar por espreitar este trípico?
Museu de Alberto Sampaio: O Site. Finalmente!
Em Dia de S. Martinho, 11 de Novembro, uns quantos privilegiados amigos e colaboradores do Museu puderam ter acesso ao seu novel site. Estava já montada a estrutura, havia imagens, grande parte dos conteúdos e foi-lhes pedido para opinar. A estes primeiros visitantes do site agradecemos a colaboração e as achegas que nos enviaram.
Hoje, Domingo, 29 de Novembro, em plenas Nicolinas, – num dos seus dias grandes, o dia do Pinheiro –, o site do museu está oficialmente lançado.
Aí o tendes nas vossas mãos, desfrutai-o, sintam o que vos agrada e aquilo que não vos convence. E, depois, sejam colaborantes e façam-nos chegar as vossas tão necessárias e esperadas opiniões.
Um site é um espaço de partilha do Museu convosco, mas esperamos também que seja um espaço de partilha vosso com a equipa do Museu.
Aqui fica o link
http://masampaio.imc-ip.pt/
Usai, abusai e divulgai!
A todos, o nosso Bem Hajam!

Isabel Maria Fernandes,
[Directora do Museu de Alberto Sampaio]

sábado, 28 de novembro de 2009

Mangualde, 16h30

Casa de Paulo S., com albufeira de Fagilde no horizonte.




Viseu, 12h30

Casa-Museu Almeida Moreira.


Viseu, 10h00

A Praça da República animada com quiosques de madeira.

Viseu, 8h30


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Em 50 anos

"Em praticamente 50 anos de exercício de advocacia, dificilmente se encontrará decisão judicial tão distante e contraditória com a realidade dos factos e com os elementos probatórios constantes do processo" disse o advogado de José Penedos em declaração lida ontem aos jornalistas.
Há 35 anos que conheço e admiro o advogado em causa, José Manuel Galvão Teles. Não me lembro de uma declaração desta gravidade. Vinda de quem vem, de alguém com a sua experiência e a sua probidade intelectual, a acrescentar ao seu património de luta pela liberdade, as afirmações que ontem fez não podem ser desvalorizadas nesta espécie de relativismo mediático em que nos pretendem submergir.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"Associação"

Curiosa Associação esta que se dedica a criticar ministros e deputados, a acusar advogados e a comentar processos. Quem diria que era Sindical, quando a actuação parece antes de um Partido de Oposição? Quem diria que era de Juízes, quando se supunha que estes não julgavam em causa própria?

Guimarães, de novo

Amanhecer da cidade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lembrança

Manhã de chuva e cinza na "capital da Europa": lembrança do Vila Flor e da outra capital, a da cultura.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Noite fria

Noite fria, com árvore de Natal, em Bruxelas (há quem pronuncie Buroxelas).

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A República

A independência dos poderes públicos não se compreende fora do Estado de Direito e a República a todos os seus titulares impõe deveres exigentes de respeito, solidariedade e cooperação.

domingo, 22 de novembro de 2009

Viseu, 10h00

A Praça da República animada com quiosques de madeira.


Rafael Bordalo Pinheiro nas Caldas

Rafael Bordalo Pinheiro e os seus jovens colaboradores
A história das relações entre Rafael Bordalo Pinheiro e o centro cerâmico caldense está recheada de equívocos e ideias falsas. Alguns remontam ao período em que o artista se instalou, com a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, nesta vila, em 1884. Outros são o resultado de uma visão celebracionista do passado que sobre ele projecta o aplauso e o consenso que beneficiam certas figuras algumas décadas após o seu desaparecimento.
Uma ideia falsa, por exemplo, foi declinada por Júlio César Machado e Ramalho Ortigão, à época do próprio Bordalo: a de que a cerâmica caldense se encontrava, antes da chegada de Rafael Bordalo Pinheiro, numa situação de decadência, caracterizada pela ausência de inovação e actualização decorativa.
Antes de Bordalo: peça de Manuel Mafra
Um equívoco, por exemplo, foi transmitido por José Queiroz, numa obra editada pouco depois da morte de Rafael: a de que o meio cerâmico caldense teria provocado sabotagens na laboração da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Peça de Manuel Mafra
Uma terceira ideia falsa é a de que Rafael Bordalo Pinheiro se inseriu sem sobressaltos de maior no meio cerâmico caldense de que se tornaria de imediato o protagonista mais admirado e respeitado. A forma entusiástica como foi recebido na vila, pelas autoridades locais e pelo povo apinhado nas ruas, quando regressou do Brasil onde tentara colocar a Jarra Beethoven, em finais do século, não tem equivalente na desconfiança de favoritismo e concorrência desleal que enfrenta nas Caldas em 1887/1888. 
Rafael Bordalo Pinheiro: Jarra Dr. Feijão
Este foi o tema da minha intervenção na sessão final do Congresso Internacional "Rafael Bordalo Pinheiro no seu tempo": identificar e discutir cada um destes "erros" históricos e traçar a respectiva biografia (origens, desenvolvimentos).
Apesar da tolerância da mesa, o tempo de que dispus ficou aquém do que precisaria para cumprir este programa. Mas quem fala pouco tempo tem certamente menos hipóteses de ficar a falar sozinho.
Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha: vista do Depósito e Loja, ponte e Parque das Faianças

sábado, 21 de novembro de 2009

Congresso. Tal qual.

Sessão de encerramento nas Caldas da Rainha, uma oportunidade para os investigadores e os museus caldenses, a Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro e a Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Uma intervenção num registo não académico, mas plenamente conseguida da Isabel Castanheira. Uma lição de José-Augusto França chamando a si justamente o mérito (e, já agora, a oportunidade) de ter sido o primeiro intelectual a chamar Rafael Bordalo Pinheiro à actualidade portuguesa, a seguir ao 25 de Abril, após 4 décadas de esquecimento propositado e reivindicando a paternidade do epíteto "português tal e qual".
Intervenção do Presidente da Câmara trilhando os caminhos escorregadios de quem é e não é das Caldas. Fernando Costa é natural de Cortes, Leiria. Tal-qualmente.

O piano de Martial Solal

Slow Train to Chihuahua. Martial Solal: piano. Vozes: Marc Beacco.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Oscar Wilde

Oscar Wilde, a propósito dos professores: a ignorância é o fruto de um longo estudo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Agenda do futuro

Os antigos Primeiros Ministros franceses Michel Rocard e Alain Juppé elaboraram, a pedido do Presidente, um relatório onde apontam prioridades de investimento para um grande empréstimo público. 
A missão de que foram incumbidos assemelha-se à da Comissão do Futuro criada na Finlândia na sequência da crise que o país enfrentou após a implosão da União Soviética.
Eixos de investimentos indicados por Rocard-Juppé:
1. Ensino superior e investigação (16 mil milhões de euros).
2. PMEs inovadoras (2 mil milhões)
3. Ciências da vida (2 mil milhões)
4. Energias sem carbono (3,5 mil milhões)
5. Cidade do amanhã (4,5 mil milhões)
6. Mobilidade do futuro (3 mil milhões)
7. Sociedade digital (4 mil milhões)
Mais informações aqui.

Eric Le Lann

On ne choisit rien, dans la vie. On choisit par défaut, ce qu'on vous donne ou ce qu'on sait faire. Et surtout, on est choisi. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tim Burton no MOMA (para o Pedro)

Eduardo Mãos-de-Tesoura

O El País de hoje chama atenção para a exposição que foi ontem inaugurada no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque sobre Tim Burton. Trata-se de uma retrospectiva sobre o "universo onírico do cineasta Tim Burton, autor de filmes como 'Eduardo Mãos-de-Tesoura', 'A noiva cadáver' e 'Pesadelo antes do Natal'. A exposição apresenta as facetas distintas do artista como ilustrador, fotógrafo e pintor.

A Melancólica Morte do Menino Ostra

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Magnórios

Diálogo no lugar de frutas e legumes:
- Passei aqui ontem e fiquei curioso com o que tem exposto nesta caixa. Não faço ideia do que seja.
- São magnórios. Há quem lhes chame nêsperas. Só se comem quando estão podres. Só há aqui nesta região de Guimarães.
- ?
- Apareceram também no ano passado em Barcelona. Eles lá estão sempre em concorrência connosco.
- Vou levar meio quilo, para experimentar.
- Para onde vai?
- Lisboa.
- Vou-lhe arranjar uma caixinha. Para não irem a abanar, tenho de por um pouco mais. 750 gramas, está bem.
- Sim. Quanto é?
- 1 e 75. Mas tem de me arranjar trocadinho.
- Aqui tem.
- Ai, lindo menino!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mesmo assim...

O comunicado de ontem do Procurador Geral da República diz no seu n.º 13 (!): "Saliente-se
que, contrariamente ao que alguma comunicação social tem noticiado, seguiram-se todos os procedimentos normais, sem qualquer demora (como se vê das datas referidas), e que entre o Procurador Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça existiu completa concordância no que respeita ao caso concreto".
Mesmo assim... Insisto na ideia do almoço. Mas atenção, hoje o Mãe d' Água encerra para descanso semanal!

domingo, 15 de novembro de 2009

"Para isto acalmar"

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça considerou nulas e mandou destruir as escutas ordenadas pelo Juiz de Aveiro. As autoridades judiciais já deveriam ter cumprido estas ordens.
O Presidente do Supremo esclareceu há pouco, em comunicado, que "tem competência exclusiva e indelegável, por força da lei, para validar ou anular escutas telefónicas e/ou respectivas transcrições em que intervenham o Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República e o Primeiro Ministro" e que a execução do despacho "cabe tão só à autoridade judiciária que dirige o inquérito, ou seja, à Procuradoria Geral da República".
Entretanto, ao Expresso de ontem o Procurador Geral da República afirmou que "se depender de mim, divulgo as escutas, para isto acalmar".
O Procurador acha que a publicação pode depender dele?
E, se depender dele, acha que deve publicar escutas ao Primeiro Ministro?
Ao Procurador nunca ocorreu que ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, ao Primeiro Ministro as entidades judiciais não podem fazer escutas porque isso pode pôr em risco a segurança do Estado?
Depois da gravíssima actuação do Ministério Público em todo este caso, que obviamente pôs em cheque o regular funcionamento das instituições, acha que a forma de "acalmar isto" é publicar as escutas?
E de quem acha o Procurador que recebeu poderes para publicar escutas ao Primeiro Ministro?
E que justificação dá para o facto de ainda as não ter destruído como ordenou o Presidente do Supremo Tribunal?
E que diz de tudo "isto" o Presidente da República que o nomeou?

Externato Ramalho Ortigão

Almoço bienal dos antigos alunos do Externato Ramalho Ortigão, o estabelecimento de ensino secundário que preencheu a lacuna de formação liceal nas Caldas da Rainha antes de 1972. Encontro participado, com várias gerações a marcarem presença. Ambiente de boa disposição mas não efusivo, como bem se compreende. Um sopro nostálgico corre nestas ocasiões, sobretudo quando a possibilidade de renovação está vedada.
O Externato Ramalho Ortigão foi criado em meados do século XX para formar uma nova elite caldense. A avaliação histórica não está feita, mas desconfio que se os fundadores cá voltassem ficariam muito surpreendidos com os resultados.

Mãe d'agua

Confirmo: o espaço é muito agradável, a decoração funciona (com excepção do mármore da escadaria que não conjuga com os materiais do resto da casa), a cozinha recomenda-se. Este novo restaurante fica no Sobral do Parelhão.
A descoberta foi ocasional, mas é fácil de reconstituir o percurso que lá me levou. Saída 12 da Auto-estrada 8, em direcção ao Bombarral. Na primeira rotunda, virar à esquerda, em direcção ao Carvalhal. Basta seguir as placas que indicam "Mãe d'agua".
Enquanto jantava - uma bem confeccionada alcatra açoriana - lembrei-me de tomar nota do local e sugeri-lo como alternativa em quem tanta dificuldade tem tido em acertar um restaurante em Lisboa. Por isso trouxe comigo 2 cartões, com as coordenadas GPS, um mapa e o site, e acabo de os enviar ao Sr. Presidente do Supremo e ao Sr. Procurador Geral da República.
O restaurante encerra aos Domingos à noite e às Segundas. Em qualquer outra altura, os senhores podem perfeitamente aproveitar para aí se deslocaram. Estou certo de que uma hora de deslocação vos parecerá pouco para o ganho de tempo e de comodidade. É certamente preferível a essa conversa interminada que têm travado através da televisão.

sábado, 14 de novembro de 2009

Movido pela curiosidade histórica

Ontem no CCC, sessão de lançamento da obra de Mário Tavares, Caldas da Rainha no Tempo da II Guerra Mundial, uma edição da associação Património Histórico.
Conheço o Mário há mais de quatro décadas e as nossas vidas cruzaram-se em tantas ocasiões que é difícil reconstituí-las a todas. No plano académico, na preparação da entrada para a Faculdade, e em vários passos do Curso de História. Na área da intervenção intelectual e cívica, nas comemorações do centenário de Raul Proença, na actuação em defesa do Arquivo Histórico Municipal, na apresentação e defesa de uma proposta de ensino superior para as Caldas da Rainha. No campo político, em duas candidaturas à Assembleia Municipal, 1985 e 1993. No trabalho histórico, na coordenação de uma obra colectiva intitulada Terra de Águas: Caldas da Rainha, História e Cultura e de uma "Página de História" da Gazeta das Caldas, que lançou novos temas e uma nova geração de historiadores. No plano pessoal, em inúmeros encontros e desencontros, convergências e divergências, numa base de respeito e afecto humano resilientes.
O Mário tem participado em inúmeras frentes de acção cultural e desportiva, foi um professor com uma carreira notável no ensino secundário e superior, esteve na origem do Partido Socialista das Caldas da Rainha e desde 1974 tem sido um dos seus rostos locais.
Embora intermitentes, as suas incursões na história não se limitam ao território da divulgação. Particularmente interessantes são os estudos que dedicou à repercussão local do caminho de ferro, das invasões francesas e da passagem de refugiados durante a II Guerra Mundial.
Mário Tavares é um historiador movido pela curiosidade, guiado pela intuição e despertado pela fonte, que se sente atraído pelas problemáticas surgidas do impacte dos factores exógenos, pela exposição ao outro, ao exterior.
Este livro trata de situações de emergência - gente vinda de norte para sul e de leste para oeste que se vê forçada literalmente a aterrar nas praias da Foz do Arelho ou é internada na cidade, em compasso de espera até poder demandar terras mais a ocidente. É formado por três textos onde o método histórico é frequentemente contaminado pela novela policiária e as memórias pessoais e de outros observadores são caldeadas com o recurso a fontes documentais.
As memórias pessoais do Mário são surpreendentes e ricas. E, a julgar pelo que se pode ler neste pequeno livro, muito vivas. Motivo mais que suficiente para justificar o repto que lhe lancei: o de escrever um livro de memórias, sem dúvida um repositório de grande valor para a história das Caldas na segunda metade do século XX e primeiras décadas do século XXI.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Atribuições do Procurador Geral da República

Como presidente da Procuradoria-Geral da República, compete ao Procurador-Geral da República:
a) Promover a defesa da legalidade democrática.

Em Bangkok (lembrança de Visanee Stamtee)

Reportagem fotográfica recente de Paulo Simões em Bangkok.
Aldeia Muçulmana, a caminho da Baía de Phan Nga. Esta Aldeia foi destruída pelo Tsunami, e é uma comunidade muçulmana num "País Budista"
Vida na baía de Phan Nga 
Uma vendedeira no Mercado Flutuante a oferecer ao turista/fotógrafo um bolo de banana.
A 100 km de Bangkok, no Mercado Flutuante em Damnuel Saduak.
A vida em redor dos canais de Bangkok.
Nos canais de Bangkok, numa das eclusas.
Bangkok, a vida à volta do Rio Chao Phraya.

Rua Sésamo

Remissão para o post informado e caloroso de José Medeiros Ferreira em Bichos Carpinteiros.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

À janela de Paulo Simões

Oqueeuandei com a máquina fotográfica de Paulo Simões e à janela do seu quarto em Bangkok.




Prognóstico reservado

Se o rapaz viesse cá mostrar o tornozelo para os médicos da Selecção confirmarem os médicos do Real Madrid, o problema ibérico da actualidade ficaria solucionado. Tão simples como isso.
Quanto ao resto, que é muito, e, atrevo-me a pensar, muito mais importante, o prognóstico é reservado. Refiro-me às relações entre selecção e clubes, ao jogo com a Bósnia, à confiança no treinador e ao tornozelo de Cristiano.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cassandra em Guimarães

É já no dia 20 que Cassandra Wilson está no Vila Flor, em GuimarãesConsta aqui que são os poucos os bilhetes que restam.

Cassandra Wilson - Era Jazzu from MacLawye® on Vimeo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cada vez mais vimaranense

V. de Guimarães: 1
S. Braga: 0
O primeiro lugar está agora de volta.

domingo, 8 de novembro de 2009

Antes da Casa das Histórias

Fui, também na Sexta, espreitar a Casa de Paula Rego em Cascais e ouvir contar a história do Príncipe Porco. Das coisas absolutamente extraordinárias e surpreendentes que aí vi, tentarei falar mais adiante.
Primeiro tenho de fechar, perante a insistência dos leitores, a reportagem da conversa com JB no "Estoril". Quem esperou pacientemente até agora terá uma compensação: vai conhecer a irmã Marion Stalens (não se deixem iludir pelos nomes, não se vê logo que são irmãs?)

De C. L.-Strauss a Aristóteles

Para a aula da passada Sexta-feira, muni-me das edições de Mythologies, I - le Cru et le Cuit e II - Du Miel aux Cendres e repesquei a citação de Claude Levi-Strauss aqui transcrita no dia anterior. Lembram-se? Aquela que afirma que a cidade é ao mesmo tempo objecto de natureza e sujeito de cultura.
Como na unidade curricular tínhamos andado recentemente às voltas com Platão e Aristóteles, propus deste o seguinte texto para debate:

A razão pela qual o homem, mais do que uma abelha ou um animal gregário, é um ser vivo político em sentido pleno, é óbvia. A natureza, conforme dizemos, não faz nada ao desbarato, e só o homem, de entre todos os seres vivos, possui a palavra. Assim, enquanto a voz indica prazer ou sofrimento, e neste sentido é também atributo de outros animais (cuja natureza também atinge sensações de dor e de prazer e é capaz de as indicar) o discurso, por outro lado, serve para tornar claro o útil e o prejudicial e, por conseguinte, o justo e o injusto. É que, perante os outros seres vivos, o homem tem as suas peculiariedades: só ele sente o bem e o mal, o justo e o injusto; é a comunidade destes sentimentos que produz a família e a cidade.
Além disso, a cidade é por natureza anterior à família e a cada um de nós, individualmente considerado; é que o todo é, necessariamente, anterior à parte. Se o corpo como um todo é destruído, não haverá nem pé nem mão, excepto por homonímia, no sentido em que falamos de uma mão feita de pedra: uma mão deste género será uma mão morta; tudo é definido segundo a sua capacidade ou função. Ora, todas as coisas definem-se pela sua função e pelas suas faculdades; quando já não se encontrarem operantes não devemos afirmar que são a mesma coisa, mas apenas que têm o mesmo nome. É evidente que a cidade é, por natureza, anterior ao indivíduo, porque se um indivíduo separado não é auto-suficiente, permanecerá em relação à cidade como as partes em relação ao todo. Quem for incapaz de se associar ou que não sente essa necessidade por causa da sua auto-suficiência, não faz parte de qualquer cidade, e será um bicho ou um deus.

Aristóteles, Política. Edição Bilingue. Lisboa, Vega, 1998. p. 55.

sábado, 7 de novembro de 2009

Saint Tropez

O "nosso representante" em Nice foi a Saint Tropez em busca de glamour dos 60's. Parece não ter encontrado nem os passos da Gendarmerie nem os ecos de La fin de l'été da BB. Aqui ficam resultados da expedição. Pode acompanhar o passeio com La mer de Françoise Hardy (1965).







Dedicated to you everywhere you are

Ontem fui ao Estoril, evidentemente, ver e ouvir JB. A reportagem segue dentro de momentos. Antes quero dar-vos conta da surpresa. Além da Binoche também encontrei Rowlands, Sarandon, Kelly, Davis, Crawford, Minnelli, Hunter, Bacall, Dietrich, Mangano, Loren, Cher, Swinton, Newman, Goldberg, Spacek, Taylor, Hepburn, Paquin, Cruz, Deneuve, Lodger e Roberts!

Pôs a zeros.

Pois bem, Senhora Ministra, ficou a ideia de que a sua prioridade é ouvir os sindicatos dos professores. Ouvir para depois tomar uma decisão razoável.
Lamento, cara Isabel Alçada, mas se interpretei bem, nem o objectivo político, nem a fórmula usada para o expressar, nem a metodologia enunciada me parecem adequadas.
Como aqui defendi, à nova ministra pedia-se que, beneficiando da expectativa favorável que o seu nome provoca, mudasse a agenda e trouxesse a escola para o centro do debate da educação em Portugal.
Mas se acha, como os sindicatos, e os partidos a reboque, que se deve começar por estabilizar a relação com os professores, por via sindical, talvez conviesse clarificar propósitos.
Ouvir para depois decidir. Mas não está já tudo dito sobre carreiras e avaliação? O Ministério quer estabelecer um acordo com os sindicatos? Nesse caso, recomendar-se-ia que tivesse uma proposta nova relativamente às matérias em discussão. Que a faz acreditar que a decisão a que chegar depois de ouvir os sindicatos tem o acordo dos professores?
Neste caso, só há uma maneira de tornar útil e eficiente a metodologia que adoptou. Voltar atrás. Recomeçar. Se acredita que depois de ouvir vai chegar a uma decisão aceitável por todos, então o ponto de partida não pode ser o ponto de chegada anterior. Tem de recuar. Até que a situação fique a zeros.

Abriste a janela e voaste

Sérgio Godinho, A Noite Passada.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Apesar do tempo agreste

JB foi vista hoje às primeiras horas da manhã nas margens da Lagoa

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