quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Aprendera muita coisa

Clara parecia compreender agora melhor os homens, o que eles podiam ou estavam dispostos a fazer. Tinha menos medo deles, estava mais segura de si própria. O facto de eles não serem os pequenos egoístas que ela imaginara dava-lhe um certo conforto. Aprendera muita coisa, quase tudo o que queria aprender. Tivera a sua dose. Já não era capaz de suportar mais. 

D. H. Lawrence, Filhos e Amantes. Vol II. Mem Martins, Publicações Europa-América, s/d. p. 173.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

À janela do "Plus"

Comprei o meu primeiro Macintosh em 1986. Era um Plus, com uma drive externa. Numa drive funcionava a disquette de 800 Kbytes (de sistema e aplicação), a que acrescentei algum tempo depois um disco externo de 20 Mbytes. Em Boston adquiri nesse ano um saco onde se podia acondicionar aquela dezena e meia de quilos - que me passou a acompanhar para todo o lado.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

À janela de Giovanni Battista de Gubernatis

Giovanni Battista de Gubernatis (Italian, 1774–1837), The Artist's Studio in Parma, 1812

domingo, 28 de agosto de 2011

Meti-me por Setembro fora

Meti-me por Setembro fora, a caminho do fulgor das maçãs, deixando para trás os bruscos golfos da tristeza e uma luz de neve quebrada de vidraça em vidraça.
Contemplava a cidade das pontes pela última vez, envolvida por lençóis encardidos e uma névoa que subia do rio para lhe morder o coração de pedra. Era um burgo pobre, sujo, reles até - mas gostaria tanto de lhe pôr um diadema na cabeça.

Eugénio de Andrade, "Cidade", in Eugénio de Andrade - Prosa. Porto, Modo de Ler, 2011, p. 410.

sábado, 27 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Magistra

A segunda surpresa da noite foi a Magistra, uma aguardente vínica comercializada pela casa Esporão. A Magistra é um produto seleccionado da única região demarcada portuguesa daquele tipo de produtos, a região da Lourinhã.
Eduardo Aires concebeu e rótulo e a caixa/quadro onde acondiciona e exibe a garrafa.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Carménère

Foi a estrela da noite para acompanhar o bife à Wellington, em casa de Eduardo Aires. Uma magnífica surpresa, cor de rubi, com todos os aromas de uma casta antiga, quase fóssil, misteriosa pela alusão a especiarias e frutos vermelhos.
Em Julho de 2005, numa visita a Santiago, ouvi falar do Carménère a um produtor entusiasta e conhecedor. A história é extraordinária. Há pouco mais de década e meia um investigador de castas de videira descobriu  que, confundida, com a casta Merlot, nalgumas regiões do Chile, em especial o vale de Colchagua, subsistira uma casta que viajara de França para aquele país antes da destruição provocada pela filoxera.
A sobrevivência da Carménère, uma planta frágil, está hoje confinada ao Chile, que dela fez uma variedade da sua riquíssima gama de vinhos e a pretende classificar como património singular da humanidade.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

À janela de Georg Friedrich Kersting

 Georg Friedrich Kersting (German, 1785–1847) Caspar David Friedrich in His Studio, 1811
 Georg Friedrich Kersting (German, 1785–1847) In Front of the Mirror, 1827
 Georg Friedrich Kersting (German, 1785–1847) Woman Embroidering, 1811
Georg Friedrich Kersting (German, 1785–1847) Young Woman Sewing by Lamplight, 1823

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Couros

Ao fim da tarde, encontro com Jorge Custódio e Deolinda Folgado, para uma visita a Couros, o antigo bairro industrial de Guimarães.


 Tanques em granito
Habitação alinhada com a ribeira de Couros

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Únicas realidades

Santo Ovídio
Porto, 29 de Maio de 1892


Caríssimo Prado


O mundo não existe - como nós já assentámos com robusta filosofia - e portanto só as Intenções, actos do Mundo interno, têm alguma valia no Universo, perante a Razão. Ora desde que cheguei a Portugal ainda um dia não passou sem que eu tivesse a Intenção de lhe escrever - e isto é consideravelmente melhor do que se eu lhe remetesse cartas, que, como factos do Mundo externo, seriam meras e ocas Ilusões. Assim, ao menos, as Intenções, únicas realidades, claramente lhe provam que entre os meus amigos de Lisboa me lembrei sempre do meu amigo de Paris.

Carta de Eça de Queirós a Eduardo Prado. In Beatriz Berrini, Brasil e Portugal: a Geração de 70. Porto, Campo das Letras, 2003, p. 135.

domingo, 21 de agosto de 2011

À janela de Martinus Rorbye

Martinus Rørbye (Danish, 1803–1848) View from the Artist's Window, 1825

sábado, 20 de agosto de 2011

"Não somos capazes, não merecemos?"

Como na vida pessoal, na vida colectiva merecemos pelo menos uma segunda oportunidade. Deitar a toalha ao chão antes de experimentar alternativas é irresponsável. Cruzar os braços à espera de uma salvação mirífica é incerto. Apontar o dedo aos outros sem perguntar que posso fazer pelos meus é próprio do cinismo dos intelectuais mas não compensa a generosidade de quem os tolera.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

À janela de Constant Moyaux

Constant Moyaux (French, 1835–1911) View of Rome from the Artist's Room at the Villa Medici, 1863

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Coração Acordeão: "por isso aqui estou"

Eu bem sabia que você [Francisco Martins Sarmento], dobrando a página da brochura, acendendo o quinquagésimo cigarro, acolheria o hóspede desenfastiadamente, perguntando-lhe.
- Que faz no castelo de Vermoim a matéria que te cá mandou, espírito?
- A matéria que me cá mandou - responderia o eu com ambições de graça - desde que o amor das cristãs lhe desmiolou a cavidade craniana, anda em cata de moiras encantadas, no ímpio propósito de moirisar-se, se alguma o envolver na madeixas negras, destrançadas com pente de oiro e pérolas. Neste ruim fadário, aquela pobre matéria, onde me acho transmigrado por efeito de não sei que malfeitorias da minha vida anterior, vagamundeia por castelos velhos, pardieiros ensilveirados, e toda a espécie de ruinarias. Eu vou naquele corpo onde me ele leva; porém assim que sinto latejar-lhe no coração alguma saudade de amigo, aperto com ele, espeto-lhe painéis de bem tristes memórias em tudo que possa lisonjear-lhe os sentidos grosseiros, e consigo assim desatar-me da matéria, e avoejar ao amigo, que lhe deu no coração o rebate da saudade. Por isso aqui estou.

Camilo Castelo Branco, No Bom Jesus do Monte. 3a edição. Porto, Livraria Chardron, s/d. p. VIII.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

À janela de Caspar David Friedrich

 Caspar David Friedrich (German, 1774–1840) View from the Artist's Studio, Window on the Left, ca. 1805–06.
 Caspar David Friedrich (German, 1774–1840) View from the Artist's Studio, Window on the Right, ca. 1805–06.
Caspar David Friedrich (German, 1774–1840), Woman at the Window, 1822.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Beleza abaladora

Lembrança de Manuel Mendes, na visita de Sábado à Régua e S. João da Pesqueira.

Há dois dias que trago os olhos deslumbrados com estas terras de assombro, paisagem ao mesmo tempo sedutora e medonha, natureza petrificada numa convulsiva agitação de cataclismo, mar tormentoso, a levantar-se nas ondas encrespadas dos seus barrocais, mais aflitivo talvez que o outro mar, pois se queda envolto em silêncio, imóvel nos agrestes fraguedos, e é preciso perscrutá-lo fundo para que se lhe sinta o frémito e ouça o bramir. O que aqui se vê, e além de ver vislumbra, fixa-se para sempre na retina, prende-se entranhadamente à alma, e ficará a vibrar numa impressão porventura dolorosa e inesquecível. Estas serranias impõem-se pela beleza abaladora, o ondulado constante em que se estendem, acompanhando as sinuosidades do rio – o rio que tudo domina. 

Manuel Mendes, Roteiro Sentimental, Douro. Edição Museu do Douro, 2002. p. 29

domingo, 14 de agosto de 2011

Preparativos para as festas da Assunção

Póvoa de Varzim, noite de 14 para 15 de Agosto.









sábado, 13 de agosto de 2011

Clotilde Fava à janela de Tibães

Ontem, de tarde, visita a Tibães para ver exposição de Clotilde Fava: "Regeneração"





Gostei particularmente deste último quadro.

Entrevista ao Público

Texto integral da entrevista que a edição do Público de hoje subvalorizou face a outros depoimentos e amputou cirurgicamente:


P- Fazendo parte da anterior administração da FCG, não se sente responsável pelos problemas que resultaram na demissão da anterior presidente?
Já o disse por diversas vezes: sou co-responsável pelo que se fez nestes dois anos de montagem da Capital Europeia da Cultura. Além da responsabilidade colectiva, tenho uma responsabilidade individual, visto que exerci funções específicas, no domínio da programação. Creio que ambas foram objecto de escrutínio e avaliação, tanto pelos órgãos da Fundação como pelas entidades que tutelam a CEC. Aceitei o actual cargo com a missão de continuar o que de melhor se fez até aqui e corrigir o que de menos bom foi identificado pelos órgãos de fiscalização e controlo da Fundação Cidade de Guimarães e pelas entidades que a tutelam.
P - O que é que falhou com a anterior equipa da CEC?
Se me permite, gostaria de destacar os objectivos atingidos, tal como foi aliás salientado na ultima reunião do Conselho Geral, de 25 de Julho. Foi concebido um programa cultural consistente e diverso, e cuja qualidade foi reconhecida pelo Conselho Geral da Fundação e pelo Painel de Selecção da Comissão Europeia (que recomendou a atribuição do Prémio Melina Mercouri). Foi concretizado um modelo de financiamento assente numa macro-contratualização dos financiamentos nacionais e comunitários que permitiu chegar aqui sem roturas e com boas perspectivas para encarar eventuais dificuldades supervenientes. Finalmente, foi definida uma orgânica da produção do programa cultural e artístico, partilhada entre três entidades: a Fundação Cidade de Guimarães, a régie-cooperativa “A Oficina” e um Consórcio associativo vimaranense.
O que, no meu entender, merece agora uma ponderação, uma adequação de modelo de funcionamento e uma prática adequada?
Em primeiro lugar, é necessário reposicionar o programa cultural e artístico da CEC como princípio e fim últimos da Fundação Cidade de Guimarães, colocando os recursos financeiros e os instrumentos de comunicação ao seu serviço. Em segundo lugar, é preciso garantir agilidade e flexibilidade nos processos de decisão e promover um redobrado esforço de mobilização das equipas internas e externas. Em terceiro lugar é indispensável dar atenção a projectos e áreas até aqui pouco valorizados, como o voluntariado, turismo, acolhimento, espaços de criação, infra-estruturas, segurança e projectos especiais, com destaque para o reforço da dimensão europeia do evento. Finalmente, é decisivo estimular a apropriação da CEC por parte da comunidade local, tanto ao nível dos agentes culturais, como das empresas, instituições públicas e população em geral.
P - Quais serão as principais alterações que vai introduzir na gestão do evento?
A exigência fundamental que recai sobre este novo modelo de gestão é a da coordenação, uma coordenação que vele pela coerência do programa e assegure o entrosamento dos projectos e a sua tempestiva realização. A esta coordenação exige-se que seja robusta e sólida e, ao mesmo tempo, flexível e célere na tomada de decisões. Não se compadece com a organização departamental actual da Fundação Cidade de Guimarães no que ela tem de verticalidade nem no que ela tem de estanquicidade. A coordenação tem que reunir sob a sua autoridade estratégica não só o programa cultural, como a comunicação e a administração e finanças. Para isso será criada a figura do Director Executivo, com funções de superintendência sobre todo o processo de implementação da CEC. O Director Executivo será o Dr. Carlos Martins, que tem trabalhado comigo ininterruptamente desde Setembro de 2009, primeiro como Director de Projecto e depois como consultor para as questões do programa. Em linha com este objectivo, eu próprio manterei no novo Conselho de Administração o pelouro pelo qual fui responsável no passado. Procurei que o novo Conselho de Administração reflectisse igualmente as exigências do novo ciclo e respondesse com garantias de competência, solidez e entusiasmo, às expectativas criadas nesta fase, sem prejuízo da sensatez e pragmatismo que o timing do evento também impõe. Um Conselho de Administração novo nas pessoas e novo nos métodos e forma de exercício das suas competências. O Conselho terá uma função essencialmente “política” (e não puramente técnica), de controlo dos objectivos da CEC, de garante da comunicação e envolvimento dos cidadãos no projecto cultural.
P - O envolvimento da cidade e da população parece ser um dos problemas de Guimarães 2012. O que é que é possível ainda fazer para mudar esse quadro?
Estou confiante em que os problemas que refere podem ainda ser ultrapassados: vencer atitudes de alheamento ou descrença. Como terá reparado, este mês de Agosto está a mostrar uma dinâmica mais envolvente da cidade e uma comunicação mais presente e acurada. No novo Conselho um dos membros executivos terá uma especial incumbência nas relações com Guimarães, o seu tecido associativo e social e outro uma específica tarefa na relação com o tecido económico da região. Independentemente dessas funções personalizadas, o Conselho procederá a uma análise – que se pretende serena e realista – de alguns dossiês que foram contestados, avaliando a pertinência das criticas e propondo a sua revisão, se for caso disso. Estão em causa de forma particular as propostas provenientes dos agrupamentos escolares. Penso que o Conselho de Administração também me acompanhará numa proposta ao Conselho Geral da Fundação para que dê mais espaço à representação local. Não tenho dúvidas que a participação vimaranense, a energia colectiva de que a cidade tanto se orgulha são indispensáveis para fazer deste projecto um êxito afectiva e culturalmente remunerador. Ouvi contar a história de uma cidade que se ergueu para repor uma praça de touros que tinha ardido três dias antes da data da festividade. É desse exemplo que estou a falar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Parabéns!


Surpresa

O entrevistador da Antena 1 começou a entrevista de modo surpreendente. Leu o poema de O'Neill que aqui publiquei a 3 de Agosto e pediu-me que comentasse. Profissionalismo, atenção ao outro e sentido de humor: qualidades raras no jornalismo de hoje.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mediatização

11h30 - entrevista ao Jornal de Notícias
12h30 - sessão de fotografias no centro histórico de Guimarães
14h30 - entrevista à Lusa
15h30 - sessão de fotografias no Vila Flor
17h00 - entrevista Rádio Renascença
17h30 - entrevista RTP
18h00 - entrevista Antena 1
19h00 - entrevista RTPN
20h00 - entrevista Público

terça-feira, 9 de agosto de 2011

À janela de Carl Gustav Carus

Carl Gustav Carus (German, 1789–1869), Studio in Moonlight, 1826.
Carl Gustav Carus (German, 1789–1869) Studio Window, 1823–24.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Coração Acordeão: "para a festa"

Carro da CEC2012 na marcha das Festas Gualterianas, Guimarães 8 de Agosto 2011.

domingo, 7 de agosto de 2011

Coração Acordeão: "são as mãos"


Não o amor não tem asas
se tem asas são as mãos
que se enlaçam para a festa
maravilhosa do corpo
e entre elas o coração


coração acordeão

Alexandre O'Neill
Coração Acordeão. Edição de Vasco Rosa. Lisboa, O Independente, 2004. p.13

Para a Ana
No dia do seu aniversário.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

M'espanto às vezes, outras m'avergonho


Quando eu, senhora, em vós os olhos ponho,
e vejo o que não vi nunca, nem cri
que houvesse cá, recolhe-se a alma a si
e vou tresvaliando, como em sonho.


Isto passado, quando me desponho,
e me quero afirmar se foi assi,
pasmado e duvidoso do que vi,
m'espanto às vezes, outras m'avergonho.


Que, tornando ante vós, senhora, tal,
quando m'era mister tant'outr'ajuda,
de que me valerei, se alma não val?


Esperando por ela que me acuda,
e não me acode, e está cuidando em al,
afronta o coração, a língua é muda.

Sá de Miranda: Poesia e Teatro. Selecção, Introdução e Notas de Silvério Augusto Benedito. Lisboa, Ulisseia, 1989. p. 163.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

À janela de Martin Drolling

Attributed to Martin Drolling (French, 1752–1817), Interior with View of Saint-Eustache, ca. 1810

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Depois da assinatura

O'Neill sempre presente:


A alegria de ser eleito
a alegria de ser notado
a alegria de ser perfeito
a alegria de ser devorado 

Alexandre O'Neill, Coração Acordeão. Edição de Vasco Rosa. Lisboa, O Independente, 2004. p.18

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Para me pores à prova"

Respondendo-lhe [ a Atena] assim falou o astucioso Ulisses:


"Ao mortal que te encontre é difícil, ó deusa, reconhecer-te, 
Por muito sabedor que seja; pois a tudo te assemelhas.
Mas isto eu sei: que já antes de mim foste benévola,
quando em Tróia combatíamos, nós os filhos dos Aqueus.
Mas depois que saqueámos a íngreme cidadela de Príamo,
embarcámos nas naus e um deus dispersou os Aqueus:
nunca mais te vi, ó filha de Zeus nem na minha nau te senti
embarcar, para que afastasses mais longe o sofrimento.
Não: sempre com pensamento pesado no coração
vagueei, até que os deuses me libertassem da desgraça.
Mas antes na terra fértil dos Feaces me encorajaste
com palavras e foste tu própria a conduzir- me à cidade.
Agora pelo teu pai te suplico: não me parece na verdade
que tenha chegado a Ítaca soalheira; mas ando às voltas
noutra terra. E julgo que foi para me provocar
que disseste aquilo, para me pores à prova.
Diz-me se é verdade que cheguei à minha páttia amada". 

Homero, Odisseia, Canto XIII, 311-328. Tradução de Frederico Lourenço. Lisboa, Livros Cotovia, 2003. p. 222.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A japoneira do "meu" jardim

Hoje, primeiro de Agosto, é dia de visita às japoneiras do "meu" jardim.