quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Imprensa leiriense na Primeira República

Sala cheia, ontem, para ouvir Acácio de Sousa no Arquivo Distrital falar dos jornais que se publicaram em Leiria entre 1910 e 1926. Reflectindo as metodologias de investigação da história das elites no período contemporâneo, uma apresentação viva e consistente sobre fontes que o autor domina amplamente, a imprensa local. E uma reconstituição dos traços que individualizam a cidade com os seus grupos de sociabilidade e os seus grupos políticos, as instituições que articulavam interesses, os jornais que lhes conferiam expressão e influência.
Este ponto de encontro mensal de um heterogéneo público interessado na história local e regional - uma "Bica no arquivo Distrital" - está a revelar-se um sucesso crescente. A fórmula da sessão,  pondo em contacto informal investigadores e técnicos do Arquivo, documentos, pesquisa qualificada, curiosidade intelectual, é muito apelativa. O enquadramento arquitectónio e urbanístico onde isto se passa é, também ele, convidativo.
Há quem esteja disponível para prolongar a tertúlia, transferindo para um restaurante das proximidades a animação da troca de ideias. Desta vez, sob a égide da República e das suas figuras. Oportunidade, desta feita, para inventariar percursos e projectos, experiências, com colegas das escolas de Leiria (obrigado Ana Paula, Nídia, António Maduro). E para tomar conhecimento, a traços rápidos mas impressivos, da personalidade singular de uma mulher republicana, Maria Veleda (obrigado Maria José, pelo entusiasmo contagiante com que se referiu a sua avó). 
Mas sobre Maria Veleda espero em voltar aqui com mais elementos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Fico curiosa. O pouco que conheço de Maria Veleda faz dela uma figura muito interessante da primeira metade do século XX.
MT

Eva disse...

Agradeço-lhe, caro colega João Serra, a referência à minha bisavó. De facto, falo dela com entusiasmo e orgulho.

Maria José