domingo, 20 de setembro de 2009

Que se passa com "Público"?

O segundo texto do Provedor do Leitor, Joaquim Vieira, sobre o tema da "espionagem", na edição de hoje do Público, pode ser lido aqui (basta clicar sobre a imagem).

sábado, 19 de setembro de 2009

Procedimentos

"A coisa, a ser verdade, é quase inconcebível", escreve Vasco Pulido Valente no Público de hoje. Refere-se, está bem de ver, à sucessão de episódios com origem em suspeitas de espionagem exercida sobre a Presidência da República.
Mas a pergunta que não se fez é simples: comunicou o Presidente ao Primeiro Ministro as suspeitas surgidas na sua Casa Civil? Esse seria o procedimento normal e exigível pelas circunstâncias. A suspeita recaía aliás sobre elementos do Gabinete do Primeiro Ministro e este seria, logicamente, o principal interessado em determinar o fundamento respectivo. Uma matéria sensível como esta atinge o coração da República, as normas de convivência e respeito entre órgãos de soberania, pelo não é possível crer que Presidente e Primeiro Ministro não cooperem na sua estrita observância. A tentativa de dar publicidade jornalística às referidas suspeitas por parte de um colaborador destacado do Presidente, aliás um antigo director do Diário de Notícias, é inconcebível, à luz deste princípio fundamental do relacionamento institucional entre Presidente e Primeiro Ministro.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O caso da "espionagem"

Averiguado e comentado pelo Provedor do Leitor do Público, o jornalista Joaquim Vieira, no passado dia 13, no mesmo jornal.

O provedor pôde concluir que o contacto inicial de um membro da PR com o jornal para se queixar da “espionagem” de S. Bento sobre Belém, e até da possibilidade de escutas telefónicas, se deu há cerca de 17 meses, pouco após a visita de C.S. à Madeira. Mas ao longo deste quase ano e meio a mesma fonte não apresentou qualquer indício palpável da existência dessas escutas, pelo que a possibilidade de termos aqui um Watergate luso, como chegou a ser aventado entre as inúmeras reacções que a notícia desencadeou, é no mínimo um insulto a Bob Woodward e Carl Bernstein, os jornalistas que denunciaram o caso original. Salvo melhor prova, tudo não passa de um indício, sim, mas de paranóia, oriunda do Palácio de Belém. Só que tal manifestação é em si já notícia, porque revela a intenção deliberada de alguém próximo do PR minar a relação institucional (ou a “cooperação estratégica”) com o Governo.
Clique sobre a imagem se quiser ler o texto completo de J. Vieira.

À janela de Robert Capa (2)

Robert Capa
People waving flags from window on Bastille Day, Paris, July 14, 1936.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Conversa à esquerda

Começa-se, enfim, a colocar a hipótese de uma conversa à esquerda. É uma hipótese ténue, prontamente desmentida pelos líderes mais sectários que preferem a vitória da direita nas próximas eleições legislativas e na Câmara de Lisboa. Mas a consciência de que a recusa de entendimentos à esquerda favorece eleitoralmente a direita está a fazer algum caminho.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A caminho de Guimarães, capital europeia

Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 pode e deve constituir-se como uma excelente prática que inspire centenas de cidades europeias de dimensão semelhante a optar por um processo de regeneração suportado por um mesmo modelo estratégico - cultural-led urban regeneration.
Neste modelo, a cultura é vista como um catalisador e um motor de regeneração urbana, social e económica.

2012. Guimarães Capital Europeia da Cultura. Identidade e inovação. Construção ao longo do tempo. Adenda à candidatura.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

À janela de Robert Capa (1)

Robert Capa (1913-1954): Cat on garden wall watching young woman leaning out a back window of the Gibbs's house on Whichcote Steet, in a heavily bombed Cockney neighborhood, London.
June-July 1941.
Origem: International Center of Photography.

Centenário

No Público de hoje (clique para aumentar).

Coragem política

Tem razão Delfim Azevedo ao interpelar os que auguram que "ainda não é desta" ou que recomendam "daqui a quatro anos". Estes desistentes primários, porta-vozes da resignação - que é o principal adversário cívico do Partido Socialista nas Caldas a Rainha - a serem escutados, conduziriam apenas a isto: a desistência.
A sessão de apresentação das candidaturas autárquicas socialistas, ontem à tarde, foi uma vigorosa jornada cívica. Somou entusiasmo jovem com experiência longamente adquirida de resistência e reflexão. Teve oradores brilhantes e testemunhos genuínos. Revelou empenho antigo, que não esmoreceu, e novo, que quer afirmar-se. Assumiu o risco sem descurar a análise. Congregou a voz, o trabalho, o esforço, as ideias, a vontade e a coragem.

domingo, 13 de setembro de 2009

Rede de investigação de Óbidos

Apresentação pública, nos dias 11 e 12, dos resultados dos projectos de investigação patrocinados pela Câmara Municipal de Óbidos abrangidos pelo programa "Rede de investigação, inovação e conhecimento de Óbidos" (pode consultar aqui).
Pude participar numa única sessão, o que me impediu de obter uma visão mais aprofundada da diversidade de temas e problemas, mas o que ouvi e o que conheço do contacto directo com outros investigadores envolvidos, permite-me dizer que se trata de uma iniciativa singular, pela forma como se propôs abordar o objectivo estratégico de valorizar o património de Óbidos (aliás, os patrimónios), pelos recursos que soube reunir para suscitar a participação da comunidade académica e pela metodologia inovadora que aplicou, contractualizando com equipas de investigação a realização dos estudos considerados fundamentais. Os primeiros trabalhos estão concluídos e começarão a ser editados. Alguns resultados já originaram comunicações a colóquios e palestras ou estão mesmo disponíveis na net. Provavelmente, a Câmara montará em seguida um dispositivo científico e técnico que lhe permita preparar uma candidatura a paisagem cultural da humanidade. Todos os intervenientes neste programa trouxeram contributos que viabilizam e conferem coerência e peso a esse objectivo.
Este exemplo merece ser avaliado e repercutido noutros locais. O património não se decreta nem fala por si. É preciso documentá-lo, pesquisá-lo, em suma, produzir conhecimento e definir acções que o valorizem e requalifiquem. Esse caminho de rigor é o caminho exigente que pode produzir efeitos válidos e duradouros.
As investigações patrocinadas pelos município de Óbidos cingem-se naturalmente ao seu espaço administrativo actual. O seu alcance porém ultrapassa essa fronteira. E em boa medida ganharia em consistência e valor científico e cultural se o seu âmbito pudesse abarcar todo o espaço histórico-geográfico em que Óbidos se insere: o vale tifónico das Caldas da Rainha, que vai de Alfeizerão até ao Bombarral, ou como ficou definido no estudo publicado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 1961, a "Região a oeste da Serra dos Candeeiros". 
É um repto às Câmaras implicadas neste território mais alargado: Caldas da Rainha e Bombarral, num primeiro plano, e, num segundo, Cadaval, Peniche, Alcobaça e Rio Maior. O trabalho pioneiro de Óbidos obteria a sua máxima ressonância e projecção com a complementaridade do estudo em moldes similares dos concelhos vizinhos. O associativismo intermunicipal está aqui também posto à prova.

Sim, convém lembrar

Artigo 187, nº 1, da Constituição da República Portuguesa:

O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

Nota 1:
Na aplicação estrita desta norma, Santana Lopes foi nomeado Primeiro Ministro em Julho de 2004, apesar de não ter sido "candidato" ao cargo nas eleições de Março de 2002.

Nota 2 (em tempo):
Não perca o comentário irónico (de uma ironia bem ácida) do meu amigo Paulo Simões.

Um século de fotografia, em Paris

Willy Ronis (1910-2009). Consultar aqui, aqui, aqui.


Ronis comenta três das suas fotografias de nus.

Temos dúvidas

O argumento não é apenas bizarro, é simplesmente mau. Refiro-me ao usado por MFL: "como aquele que mata o pai e a mãe para dizer que é orfão". No debate com PP, tinha-nos assegurado que não era "perversa de cabeça". 

sábado, 12 de setembro de 2009

Falácia

Para Manuela Ferreira Leite a fórmula correcta da política económica é criar riqueza em vez de ajudar as empresas e as pessoas. Mas como criar riqueza sem ajuda? Com as empresas encerradas e o sistema financeiro desmantelado é difícil relançar a economia. A menos que a opção seja mesmo nacionalizar, ou seja o programa do BE.

De Espanha...

Recordei-me do gesto "dramático" de Paulo Portas, membro da delegação de deputados da Assembleia da República que acompanhava a primeira visita oficial do Presidente a Espanha, em 1996, abandonando a comitiva quando esta saiu de Madrid.
Neste caso, como hoje na afirmação repetida de Manuela Ferreira Leite de que nunca se subordinará aos interesses espanhóis, há um comportamento comum. A direita acha que agitar a bandeira da independência e da desconfiança relativamente ao "perigo espanhol" é um traço distintivo e um oportuno recurso político. Mas o que fica é a recuperação de um atávico complexo de inferioridade que bem merece ser banido do discurso político.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de Setembro

Incerteza, dizem eles

Primeira sondagem para estas eleições, no Diário de Notícias de hoje, comentada por Pedro Magalhães. Boas notícias para quem foge de maiorias como o diabo da cruz. Nenhum dos partidos centrais pode fazer maioria com um partido mais pequeno. Onde é que eu já ouvi referir este cenário?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Na Madeira

Escrevi a 30 de Maio de 2008, no antecessor deste blogue, a propósito de uma polémica intervenção de Jaime Gama:
"A democracia tem tido dificuldade em lidar com Alberto João Jardim e compreender a autonomia, cuja discussão, aliás nunca verdadeiramente aprofundou.
E, no entanto, a autonomia regional foi o modelo definido pela República para compatibililizar, em territórios com especiais fragilidades, a democracia com o desenvolvimento. O balanço de três décadas de autonomia não pode deixar de ser considerado positivo e, como tal, creditado a favor do regime representativo republicano. Fez bem o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, como antes o fizera o Presidente Jorge Sampaio, em sublinhar esse facto. De outro modo, a quem imputar os resultados de um exercício traduzido em índicadores de desenvolvimento e sucessivamente sufragado? À providência de um líder?
São distintas, historicamente, as situações socio-culturais da Madeira e dos Açores. Desiguais os pontos de partida e as culturas políticas que geraram e nas quais se reconhecem. Ao longo das três décadas já percorridas de autonomia, diversos têm sido também os modos de actuação e os perfis políticos das lideranças das duas regiões autónomas. Decerto que a diferença de protagonistas reflecte a seu modo a diferença de condições em que se inscrevem.
Teve pois razão Jaime Gama em sublinhar que o conceito de autonomia é mais do que um assunto de ordem política e jurídica é uma tema de "luta, tenacidade, dinâmica e afirmação em crescendo, o qual deve ser "reconhecido e valorizado".
A imputação ao regime constitucional posterior à revolução de 1974 do regime autonómico definido como um regime de solidaridade nacional com dois sentidos (do todo para as partes e das partes para o todo) não implica concordância política com o modelo de governação nem a aprovação dos respectivos processos e formas.
Manuela Ferreira Leite tropeçou, como aliás também o Presidente Cavaco e Silva, nesta questão. José Medeiros Ferreira, com a argúcia e elegância que o caracterizam, apontou-lhe o dedo. Subscrevo por inteiro as suas observações de "Bicho Carpinteiro"

Cidade de mil culturas

No Caderno 2 do Público de hoje (clique na imagem para a aumentar).

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O regresso dos "Fab four"

Regressa hoje, rejuvenescida ao que consta, a banda que muitos quiseram apear da posição cimeira da música pop. Curiosamente após a morte de Michael Jackson. Toda a imprensa internacional celebra o acontecimento. Há filas para para adquirir a caixa dos sons que marcaram gerações como refere o meu amigo João Jales.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mudanças

A pandemia gripal vai interromper o caminho que na sociedade portuguesa estavam a fazer os contactos físicos entre pessoas: o aperto de mão, o abraço, o beijo, o toque, o afago. 
Numa sociedade marcada pela ruralidade e pela rigidez da estratificação social, os sinais de proximidade física entre pessoas surgiram como uma novidade recente. Ganharam dimensão e informalidade nas últimas duas décadas, percorrendo toda a escala social. Uma fisicalidade afectiva ganhou expressão nova nas relações inter-pessoais dos portugueses.
Os riscos de contágio vão obrigar cada um de nós a policiar esses gestos quotidianos, reduzindo-os ou eliminando-os. Vamos acentuar a nossa insularidade, criando uma espécie de cordões sanitários em volta dos nossos próprios corpos. 
Ficaremos irremediavelmente mais afastados uns dos outros?
Voltaremos a recuperá-las um dia, as afabilidades que começáramos a cultivar? 

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Matematicamente...

Regresso daquele advérbio ao "futebolês": banalização da matemática para ocultar a falta de rigor e de soluções.

À janela de Maruja Mallo

Retrospectiva desta pintora surrealista (1902-1995) na Casa das Artes e na Fundación Caixa Galicia de Vigo (de 10 de Setembro de 2009 a 10 de Janeiro de 2010). Mais informação aqui.
Plástica Cenográfica, 1930 (Foto)

Cartazes

O marquetingue eleitoral domina as rotundas com que as nossas cidades recebem e distribuem o tráfego automobilístico. São cartazes para serem vistos por quem anda de carro. As mensagens destinam-se a assinalar a presença em cena de um candidato e de uma sigla, mais do que a suscitar a participação cidadã. Simplificadas, como um sms, não atraem, raramente provocam, não mobilizam. Abundam os "mais", os "melhores", os "juntos". Raramente surpreendem e não requerem que o eleitor perceba o que lhe é proposto.

domingo, 6 de setembro de 2009

Bardot e Picasso

Na James Hyman Gallery, a propósito dos 75 anos de Bardot.

Empobrecimento

Vasco Pulido Valente, no Público de hoje:

O empobrecimento da língua (não só devido à minha idade) custa. Não se lê interminavelmente
uma prosa primária – na imprensa e nos livros que vão saindo – sem sofrer as consequências. Um dia, há pouco tempo, uma figura notável dos jornais (um director) resolveu declarar o meu “estilo” antigo. E, na medida em que usa mais de cem palavras, com certeza que é. Mas não me parece que o “estilo” SMS ou o “estilo” TV tenham aumentado consideravelmente a capacidade da expressão humana (e, em particular, da portuguesa). Sei muito bem, e tristemente, que a cultura das letras começa a desaparecer e está, a muito curto prazo, condenada. Mas não deixo de lamentar que o prazer de uma frase, de um parágrafo ou de uma vírgula maléfica se percam para sempre.

sábado, 5 de setembro de 2009

Festas

A capa que tanto incomodou a direcção do PCP em 1986.

Soares

Da entrevista de Mário Soares a Ana Sá Lopes, no I, de hoje.

O PS cometeu erros que levaram a esta situação?

O próprio Sócrates reconheceu que cometeu erros. Todos os políticos cometem erros. Mas fez muitas coisas, com muita coragem e determinação. É um homem sincero, que acredita naquilo que está a fazer, que tem
vis política realmente. Tem sido atacado, como ninguém foi, neste país, antes dele.

Os resultados eleitorais são uma incógnita...

Acredito no bom senso do povo português. Tem revelado ter muito bom senso, mesmo quando me fez perder algumas eleições (risos).

Acha que é possível repetir a experiência do bloco central?

Não, neste momento não tem sentido nenhum. Agora, se o eleitorado der, e eu acho que não vai dar, uma vitória ao PSD, isso levar-nos-á a um descalabro que vai custar muito caro ao país e à esquerda em particular.

Uma vitória do PSD poderia abrir uma crise?

Abria uma crise violenta. Toda a esquerda, que é sociologicamente maioritária, estaria a manifestar-se contra o governo. É estranho que um país que tem 55 ou 60 por cento de maioria de esquerda possa ser governado pela direita, que é minoritária, mesmo que ganhasse neste momento as eleições.

Enquanto Presidente da República alguma vez se sentiu escutado?

Não, nunca me senti escutado.

Saíram umas notícias recentes, vindas de Belém, que sugerem suspeitas de escutas...

Já sei, mas não vou entrar por aí. Isso é baixa política, desculpará. Pode ser justo criticar o governo, pode ser justo dizer que o governo é mais arrogante ou menos arrogante, mais dialogante ou menos dialogante, mas não se pode dizer que o governo está a asfixiar a democracia portuguesa! Isto só pode ser dito por quem nunca viveu em ditadura, ou não sabe o que foi a ditadura, a Polícia Política, a censura, as perseguições e o livre-arbítrio. Mas a verdade é que hoje todos podem dizer o que quiserem. Com perfeita impunidade. Dizem que não há liberdade em Portugal? É fácil. Em ditadura nunca o fariam, nem os que têm idade para isso o fizeram.... Será que é preciso passar seis meses sem democracia, em Portugal, para melhorar a situação? Foi assim que Salazar começou e ficou no poder 48 anos! Cuidado! Quem for dessa opinião não é inocente.

Let it be!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Caminhada de Culturas

Fotografia de Luisa Ferreira
TODOS caminhada de culturas
é um projecto para o Martim Moniz e para os seus habitantes.
TODOS caminhada de culturas
é um projecto para a Cidade descobrir que é possível viajar pelo mundo sem sair de Lisboa.
TODOS parte da certeza de que é possível criar um projecto cultural, transdisciplinar e internacional, num dos bairros mais "opacos" de Lisboa.
É desta dificuldade que é feito este programa singular. Uma singularidade que resulta do contacto que foi possível realizar com a vivência pública e privada do bairro.
TODOS é um programa artístico que apresenta espectáculos - de música, dança e teatro, filmes documentários, exposições e experiências que espelham, redimensionam, celebram e reconhecem a realidade multicultural existente no bairro, de 10 a 13 de Setembro.
Conseguimos encontrar aqui o mundo inteiro, mergulhar num Portugal profundo, e, em simultâneo, viajar para os quatro cantos do mundo.
Uma caminhada para o cruzamento dos povos que habitam a cidade e que são também afinal lisboetas.
Seja feliz no Martim Moniz.
Nos dias 10 a 13 de Setembro 2009 vamos TODOS ao Martim Moniz.


Mais informação
aqui e aqui.

Liberdade de informação


[Público, 4 de Setembro de 2009]
Desconheço os motivos concretos que levaram a TVI a por fim ao "Jornal de Sexta" na sequência da saída do Director Geral, Eduardo Moniz, e não me custa admitir que sejam contestáveis. Mas não consegui nunca ver no exercício daquele programa - abundante em falta de qualidade - um paradigma de liberdade de informação.
A questão é estritamente política e tem como centro o Primeiro Ministro, a quem se colou (com a sua "colaboração activa", diga-se) manifesta incomodidade com o tal "Jornal". Depois de se ter visto forçado a vetar o negócio entre a Media Capital e a PT, o actual alarido deveria conduzir José Sócrates e solicitar a continuação da antiga deputada do PP/Manuel Monteiro no seu programa das Sextas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

À janela de Matisse (para o Pedro)

Matisse chegou a Nice em Dezembro de 1917 para tratar de uma bronquite. Ficou no Hotel Beau Village, perto do mercado. A paisagem e a luz prenderam-no para sempre a esta cidade.
Matisse, Intérieur à Nice, c. 1918.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os analistas não prevêem nada

A ausência de sondagens, ou melhor a ausência de sondagens públicas (os partidos certamente terão as suas) dificulta as antecipações dos analistas: um misto do que consideram desejável e do que consideram provável. Neste momento, como o espaço mediático não está ocupado por previsões, tudo é possível.
Mas a indeterminação pode estar também no povo soberano. Provavelmente a primeira questão que o eleitorado tem para decidir é se quer ou não decidir. 

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Matim Moniz: "Somos todos cidadãos do mundo"


"Todos - Caminhada de Culturas" é um projecto de Madalena Vitorino, Giacomo Scalisi, Inês Barahona e Miguel Abreu. Já a 10, 11, 12 e 13 de Setembro. Referido hoje aqui no Público (clique nas imagens para aumentar).
A "Caminhada de Culturas" vai permitir nesses dias "passear com calma na Rua da Palma" e "vestir um sari, cortar o cabelo num cabeleireiro chinês ou africano, calibrar os pneus do carro a preços convidativos ou dançar como em Bollywood". Mais informação aqui.

À janela em Marrakesh


Fotografia de Nelson Garrido, que pode ser vista aqui no blog dos fotógrafos do Público.