domingo, 13 de janeiro de 2013

De Esposende

Hoje




2 comentários:

S. J. disse...

"Passavam mil anos. Seres
extraordinários
saíam da terra ou nela penetravam e
desapareciam. Guerras arrasavam
o que se erguia por cima de outras
guerras.
E este movimento era imóvel. As
pedras
lá estavam, não mentiam, com os
astros
as únicas fautoras do silêncio.
Havia qualquer coisa como o vento
que erodia. (...)

Carlos Poças Falcão, ARTE NENHUMA, Guimarães, Opera Omnia, 2012.

Em contra-luz, em contra-mar, em contra-camisola grossa e clara - que o blusão de gabardine NÃO recobre... - os destroços são já invisíveis. Os campos recém-lavrados podem aguardar as novas sementeiras. Que os ventos do Norte e a geada queiram poupá-las!

João B. Serra disse...

Oh, anónima (ou anónimo, não estou certo) S. J., surpreende-me com a citação, tempestiva e adequada, de Poças Falcao. Fico satisfeito com a divulgação da obra completa deste poeta de origem vimaranense.