segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O bom economista, segundo Keynes

O bom economista, escreve Keynes, deve possuir uma rara combinação de dotes (…) deve ser matemático, historiador, estadista e filósofo (na medida certa). Deve entender os aspectos simbólicos e falar com palavras correntes. Deve ser capaz de integrar o particular quando se refere ao geral e tocar o abstracto e o concreto com o mesmo voo do pensamento. Deve estudar o presente à luz do passado e tendo em vista o futuro. Nenhuma parte da natureza do homem deve ficar fora da sua análise. Deve ser simultaneamente desinteressado e pragmático: estar fora da realidade e ser incorruptível como um artista, estando embora, noutras ocasiões, tão perto da terra como um político.

1 comentário:

Tia Júlia disse...

E "(...)O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."

Fernando Pessoa, "Liberdade", in CANCIONEIRO, OBRA POÉTICA, Rio de Janeiro, Aguilar Ed.,1969, p. 189.