sábado, 4 de julho de 2009

A propósito da pandemia da gripe

De um artigo que o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon e a directora geral da OMS, Margaret Chan, publicaram esta semana na imprensa mundial:

Nada é mais importante que investir em saúde materna. Nos países mais pobres, em especial, as mulheres constituem o tecido da sociedade. São, de forma desproporcionada, quem cultiva a terra, transporta a água, cria e educa as crianças e cuida dos enfermos. Mas, de todos os objectivos do milénio, o da saúde materna foi o que menos se atingiu. Em 2005 as taxas de mortalidade à escala mundial foram 400 mortes maternas por 100.000 nados vivos. A atenção à saúde materna é um barómetro que indica como o sistema funciona. Seria imperdoável não mobilizar recursos e vontade política para pôr fim a esta absurda tragédia.
Sim, o mundo enfrenta a sua primeira pandemia e gripe em mais de 40 anos. Devemos continuar vigilantes contra as mutações dos virus. E estar preparados para responder a repercussões potencialmente distintas em zonas do mundo em que se registam subnutrição, sida e outras afecções graves. Em suma, devemos permanecer vigilantes e continuar a combater activamente esta pandemia. Ao mesmo tempo, a pandemia lembra-nos que temos de pensar e actuar em todo o resto. Só assim, podemos proteger verdadeiramente as nossas populações, os nossos países, a nossa economia e a nossa sociedade mundial.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aqui está um assunto que resiste à "Espuma dos Dias"....

As questões da saúde, a protecção materno infantil, a luta contra a tuberculose, contra a HIV, e tantas outras doenças das nossas assimetrias, são, de entre outras, algumas das questões do nosso "Mundo Novo".....
Não deixando de ser problemas herdados do "nosso" (Global) "Mundo Velho".

O combate à Doença, ao mal estar, é um combate da nova Cidadania, e desde já parece-me óbvio que, pela primeira vez, estamos a combater as causas, sem deixar de igualmente combater os seus desvastadores efeitos.

Parece-nos a todos absurda a forma como nos tem sido comunicada a evolução da "Pandemia" do H1N1, e só numa vivência demencial como aquela em que vivemos, é que nos parece razoável a apresentação, em episódios, (qual telenovela) da evolução da "Pandemia" ....De Porcina, evoluiu para Mexicana, e de Mexicana para H1N1... isto é muito pouco saudável...
Não faltará muito para começarmos a tratar a Morbilidade nos Humanos numa lógica casuística senão mesmo de campeonato de futebol..." O Cancro continua imbatível, muito graças aos seus avançados, os conhecidos "Feocromocitomas", por outro lado as Defesas da mastectomia radical, têm apenas adiado a constatação de que não servem, por demasiado traumatizantes, para as próprias, como para o público em geral... e porque não falar dos AVC, doença tão em voga .... e tão incapacitante, mas sem dúvida nenhuma um evidente sinal de "modernidade".

Podemos falar de uma outra doença .... também muito em voga... ainda que não assumida pelos organismos públicos, mas que ajuda e muito, a vender para além de remédios....

A nova Doença da Civilização "O Pânico"....(ou AgoraFobia).
Ajuda a vender Polícias, Públicos e Privados, Câmaras de Videovigilância, Sistemas de Vigilância em "Chip" para colocar nas Crianças (aplicação intradérmica) financiada pelo BES(4 Euros por Mês), mais um conjunto de parafernália de segurança para a tranquilidade dos Pais e Avós... E claro está um conjunto de pastilhas ajustado....palpitações, ansiedade, depressão, angústia....

É a "Química da Felicidade", dispensa-se a Hóstia "Corpo de Cristo" que apaziguava os males da Alma, pela Química Redentora.....

Isto não está bem.....
É preciso começar a gritar bem alto que é possível viver de outra forma!

Pedagogia dos Valores,
Ajustar Expectativas,
Adquirir uma Nova Cidadania,
Aprender a Viver,
Perceber que Vida só faz sentido com a morte...
A finitude, a sua percepção faz-nos bem....
Faz-nos sentir ajustados....ou desajustados...mas,
Torna-nos mais responsáveis, dá-nos descernimento, ajuda-nos a escolher, quantas vezes da forma mais dolorosa....
Percebermos melhor o outro, interagirmos, tornarmo-nos menos hedonistas, mais solidários, mais respeitadores do ambiente e de uma vivência mais tranquila e que tem mais a ver connosco.....

A Senhora Presidente da OMS coloca o dedo na ferida..... a mortalidade materno infantil devía-nos envorgonhar.....
E não somos capazes..... de tratar esses Povos Devastados e Formar as suas Elites...
Para evitar que os apoios que têm sido dados não se transformem em .... sei lá o quê, mas o Dr. Fernando Nobre (da AMI) sabe do que fala quando denuncia essas e outras coisas....

Não está fácil!

Um Abraço Professor João Serra

PSimões

PS: Há uma visita agendada?