quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

República

Alguém sublinhava ontem: aquela cerimónia, da investidura de Barack Obama,  foi uma celebração republicana como há muito se não via.
É certo. A República teve um dos mais expressivos momentos de consagração da sua história porque o resultado da escolha popular americana sublinha de forma eloquente uma impossibilidade do princípio monárquico do preenchimento da chefia do Estado por linha sucessória. Alguém como Obama (que, como diz Carlos Gaspar, não é branco e também não é negro), não teria podido aspirar ao que obteve, se os Estados Unidos fossem uma monarquia.
Mas, além disso, toda a cerimónia foi percorrida por um fio emotivo, uma vibração patriótica (chamemos-lhe assim), uma adesão genuina à unidade republicana (unidade na diversidade e na pluralidade) que pôs em evidência a força mobilizadora e integradora da República, particularmente relevante em tempos de crise.

2 comentários:

Anónimo disse...

Go República, Go!!!!
MV

J J disse...

Exceptuando as situações em que se prescinde do Chefe de Estado (e a Commonwealth tem situações/soluções curiosissimas nesse aspecto), tenho dificuldade em perceber sequer os argumentos monárquicos nesta área. Se Barak Obama é um argumento republicano (nunca o encarei dessa forma...) é um certamente um excelente argumento mas, para mim, desnecessário.