domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ontem mares

10h49 (no facebook): Quase um mês sem ver o mar! Há qualquer por dentro de nós que se comprime, ameaça fragmentar. Vou agora tentar recuperar nessa paisagem imensa e viva um pouco mais de luz e um pouco mais de espaço. Atė logo.

11h30: Procurei a Lagoa velada pela neblina da manhã. Um pescador – solitário como todos os pescadores – aguardava a maré.

11h45: no Café d'Avó:
- Este nevoeiro é bom para a pesca? – perguntou o cliente ocasional.
- Ora, só lá para a Março é que o peixe bom dá à costa – retorquiu o dono por detrás do balcão. A mulher, de costas, limpava as prateleiras. Virou-se:
- Não ligue. Ele está na brincadeira.
- Ah – exclamou o cliente – a senhora é que o conhece bem.
- Sim, há 50 anos que estou casada com este peixe.
- Conhece-o bem. 50 anos de casada. Fora os ameaços?
- Não houve ameaços. O meu pai não deixava as filhas namorarem muito tempo. Um mês e pronto. Era pegar ou largar.
- Então foi tiro e queda!

12h00: no Atelier de Ana Sobral
15h00: S. Martinho
A outra vila de S. Martinho. Depois de almoço de Ano Novo com o "chefe" N. B.


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