segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Presidente no 5 de Outubro

Em 2010, a República fará 100 anos de existência. Actuando na dependência do Governo, uma Comissão presidida pelo Dr. Artur Santos Silva encontra-se a preparar as comemorações do centenário da República.
Essa data deve ser uma ocasião de festa mas também um momento de reflexão. Acima de tudo, deve representar um traço de união de todos os Portugueses. Devemos unir-nos em torno dos grandes ideais republicanos. Ideais que exigem, da parte dos agentes políticos, um esforço acrescido para a concretização da ética republicana e para a transparência na vida pública. Ideais que exigem, da parte dos cidadãos, uma atitude cívica mais empenhada e mais activa na defesa de uma República onde todos se revejam.
A República desconhece privilégios de nascimento, porque premeia o mérito e a vontade de alcançar uma vida melhor. É um regime de inclusão, que tem de conceder oportunidades iguais para a realização pessoal, familiar e profissional das pessoas.
Numa República, não podem existir barreiras artificiais entre o poder e o povo. Os governantes têm de conhecer a realidade do País. E os cidadãos, por seu turno, têm o dever de participar na vida cívica, ao invés de se queixarem sistematicamente do Estado ou da classe política.
Temos de vencer a tendência para nos lamentarmos de tudo e de todos, e de pouco fazermos para melhorar o que é de tudo e que é de todos.
É esta a República que comemoramos este ano e cujo centenário irá ser comemorado em 2010.
Comemoramos uma República de cidadãos livres e iguais, que merecem o respeito dos governantes.

Uma República de pessoas, com aspirações e problemas concretos. Pessoas cujas preocupações e anseios têm de ser escutados, sobretudo nos momentos mais difíceis.

Do mensagem do Presidente da República lida hoje no Palácio de Belém (na íntegra aqui)

1 comentário:

Isabel X disse...

Às palavras do presidente(desta vez)adiro sem reservas, principalmente, quando fala em "...vencer a tendência para nos queixarmos de tudo e de todos" e em "... melhorar o que é de tudo e de todos."
Mas, embora não tenha graça nenhuma, ontem não pude deixar de sorrir (desculpem-me, foi sem querer) quando um monárquico disse na televisão que quem ultimamente mais tem feito pela causa monárquica (eles gostam de dizer real) é o próprio Presidente da República, a quem se mostraram gratos por isso.
O certo é que isto de ser monárquico está a tornar-se mediático; mais do que como opção política, vai passando nos meios de comunicação como uma atitude... "gira"... talvez?
- Isabel X -