quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Diálogos

Ainda sobre Pascual Maragall e a doença neurovegetativa que lhe foi diagnosticada:

A - Pascual e Diana. Um apoio firme.
O ex-presidente com sua mulher, Diana Garrigosa, com quem se casou em 1965. "Esta casa é a melhor de Espanha e isso se fica a dever-se a que tem uma senhora que se chama Diana e que se lembra e coisas como esta" - conta Maragall ao escritor Juan José Millás diante de uma recipiente cheio de avelãs, nozes e amêndoas, ao pé de uma tábua e um martelo para as partir.

B. Sms trocados hoje pela manhã.
CS e DV são leitores regulares deste blogue. Raramente escrevem comentários, mas com frequência trocam sms sobre o seu conteúdo. Mero pretexto para dizerem um ao outro "aqui estou", apesar da distância física que os separa, ou forma indirecta de expressarem o seu apreço por este limitado mas constante ponto de encontro, às vezes dão-me conta das mensagens que receberam e enviaram. Foi o caso das de hoje:
DV - Já leste o blogue do João? Está preocupado com Pasqual Maragall. Percebe-se que o conhecia e admirava.
CS - Sim, percebi que se trata de alguém especial. Notícia péssima...
DV - Confirmo essa ideia de que se tratava de um homem especial. Deste uma vista de olhos pelos links que o João referiu?
CS - Dei. E percebi que ele tem duas coisas que o vão acompanhar até ao fim - as melhores que a vida nos pode dar: uma casa que conhece de toda a vida e uma mulher que o ama, e de quem vai precisar para continuar a ser uma pessoa por inteiro.
DV - E ele saberá? Adivinhará? É, pelo que li, um homem grande no tamanho e no coração, empreendedor, livre, que vive intensamente tudo o que pode e toda a gente sempre tratou de forma directa e frontal.
CS - Querido amigo. Os homens podem viver intensamente uma vida mas só um amor como o de Diana os pode salvar da indignidade. Acredita. Já vi este filme todo vezes demais.

1 comentário:

Isabel X disse...

Sem dúvida! Um amor assim não tem preço: vale mais que tudo! Descobri-lo e reconhecê-lo, mesmo que através de uma doença, já é em si mesmo uma felicidade. Mais uma verdade a retirar desta história de vida, pelos seus protagonistas, e por quem dela toma conhecimento.

É por isso que creio na natureza humana!

- Isabel X -