sábado, 24 de janeiro de 2009

"Oviamente"

Chamado a intervir no debate sobre a avaliação dos professores, não se fez rogado. Pois se era "o comentador político da Antena um"!
Afinou oviamente a voz e perorou.
A situação é uma complicação, oviamente, se o projecto do PP for aprovado.
Perguntou a jornalista em estúdio: - que pode suceder, então, nesta votação?
O Governo não devia ter deixado a complicação chegar aqui, oviamente. A classe social dos professores está muito mobilizada. Oviamente.
Classe social, complicação, oviamente.
Como explica a dramatização feita pelo líder parlamentar? - insiste a jornalista junto do comentador.
Mas este por quem verdadeiramente se interessa é pelo Ministro Parlamentar que
ainda agora intreviu.
Oviamente. Intreviu. De intrever. Tu intrevaz, ele intreviu.

5 comentários:

Anónimo disse...

Assim se fala em bom português, oviamente!
MV

Anónimo disse...

Ou seja: o meu país parece que ensandeceu. Para além de tudo faz dos seus professores "carne para canhão".

A poesia fugiu de Portugal.

Abraço.

Paulo Prudêncio.

João Ramos Franco disse...

Perante a realidade do ""Oviamente"" e o ter dito "A poesia fugiu de Portugal" só me resta dar a palavra à "Tabacaria Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa"
João Ramos Franco


(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Anónimo disse...

Obrigado João Ramos Franco.

Afinal a poesia só fugiu dos principais intervenientes no momento político; espero que regresse um dia.

Abraço.

Paulo Prudêncio.

Anónimo disse...

Também não compreendo que jornalistas da "qualidade" desse Vaz nos sejam impingidos como comentadores. Dão opiniões sobre tudo, o que sabem e o que não sabem. Esse então especializou-se em encombrir a sua ignorância e má fé com um palavreado mal amanhado que repete o que antes tenha sido dito por outrém. O serviço público não estará obrigado a controlo de qualidade e avaliação dos seus colaboradores?
MT