
segunda-feira, 9 de março de 2009
Aliança das Civilizações

domingo, 8 de fevereiro de 2009
Sampaio revisto por Saramago
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
O factor humano

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Governar as cidades
António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na cerimónia realizada esta manhã, de atribuição da Medalha de Honra da Cidade a Jorge Sampaio, que há 20 anos foi eleito Presidente da Câmara de Lisboa:
Como Presidente da Câmara de Lisboa, [Jorge Sampaio] pensou e deu estímulo a que se pensasse a cidade com visão estratégica e invulgar sentido prospectivo. Compreendeu, desde o primeiro dia, que “fazer cidade” é “fazer futuro”. E percebeu que as cidades de hoje não se governam com improvisações casuísticas, medidas avulsas, impulsos propagandísticos, simplificações grosseiras, voluntarismos inconsequentes. Compreendeu que uma grande cidade é um grande desafio, feito de perguntas que se sucedem e de respostas que se renovam. Percebeu que uma cidade exige um pensamento sobre ela e uma estratégia para o pôr em prática. Compreendeu que governar uma cidade é ter dela uma concepção contemporânea, humanista, criativa, solidária e cosmopolita, aliando memória e audácia. E soube que precisamos de cultivar um “patriotismo de cidade”, inscrevendo Lisboa no mapa das grandes urbes e tornando-a um lugar onde as pessoas tenham orgulho em viver e conviver.
Tudo isso compreendeu e praticou Jorge Sampaio. Por isso, os anos em que presidiu aos destinos desta Câmara permanecem como uma referência e constituem um exemplo ético de seriedade intelectual e política.
Sabemos que Jorge Sampaio mostra muito orgulho em ter sido autarca e guarda, confessadamente, do tempo em que o foi gratas recordações. Costuma dizer que este é o poder mais próximo das pessoas e dos seus problemas, expectativas e anseios. Aquele em que estamos mais confrontados com o concreto e o urgente. Aquele em que mais criativamente temos de saber conciliar o planeamento com a intervenção, o imediato com o médio e o longo prazo, o projecto com a execução. Aquele em que um conceito vivo e responsável de cidadania mais directa e inovadoramente se pode cumprir e desenvolver.
A intervenção de António Costa pode ser lida na íntegra aqui.