Há dias, enquanto esperava que abrisse o sinal verde nos semáforos em frente da Escola Francisco de Holanda, em Guimarães, reparei que no pequeno lago do separador central uma gaivota debicava uma cabeça de peixe. Não consegui perceber se se tratava de peixe de mar ou de água doce, mas não tive dúvidas de que se tratava de uma gaivota. Guimarães fica a muitos quilómetros da costa, pelo que o facto me surpreendeu.
Um pássaro que também se apropriou das cidades foi o melro. Quando eu era miúdo, o meu avô sempre me prometia um bónus por cada melro que eu capturasse, mas não me recordo de ter muito êxito nessa operação. Animal esquivo, não deixava ninguém aproximar-se e permanecia atento a qualquer movimento ou ruído suspeito, que pressentia com grande acuidade. Nunca imaginei que ainda o veria nos jardins e quintais das cidades debicando canteiros e saltitando lesto pela relva como se de um pássaro urbano se tratasse.
sábado, 5 de junho de 2010
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1 comentário:
Fiquei intrigada por saber que havia gaivotas em frente à escola onde estudei. Obrigada pela nova.
Já não vou à minha terra, Guimarães, há algum tempo e nunca vi lá gaivotas, mas, vejo agora, que as há, há...
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