terça-feira, 22 de março de 2011

Soares

Num "apelo angustiado"ao actual Presidente, aquele Conselheiro de Estado e antigo Presidente, pede-lhe que intervenha. Não é um voto messiânico, é uma proposta exigente. O Presidente não é o portador de uma magistratura interpretativa, declaratória ou mesmo notarial. Ele é o mediador e, em ultima análise, o garante. Os partidos conduzem um jogo que visa apenas saber quem é que vai dirigir a formação do novo Governo que, se nada for feito em contrário, instaurará um regime de efectivo condicionamento e subalternização do Parlamento.

2 comentários:

Xico disse...

A actuação da assembleia da república e dos partidos políticos é confrangedora. Se neste caso em que há assembleia e governo devidamente legitimados, é necessária a intervenção do presidente da república, então, das duas uma: Acabe-se com assembleias de república ou acabe-se com o cargo de presidente da república. Numa república é um cargo que não faz qualquer sentido. Pelo menos com estes poderes. O presidente só pode demitir a assembleia. De resto seria imiscuir-se nos assuntos de uma e do governo. Não foi isso que disse o PS há tempos?

Isabel X disse...

Faz-me pena quando todos se demitem de ser quem são.
Quando todos não são.

- Isabel X -