quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quem comanda o quê?

Sob pressão dos "mercados" (seja o que for que isso significa), do euro (outro nome que não se sabe bem a que coisa hoje corresponde), ou dos ex-ministros das finanças, lá tivemos um plano de austeridade (nome antigo), um pacote de medidas para reduzir o défice em 2010, tecnicamente medidas adicionais a um outro eufemismo chamado Plano de Estabilidade e Crescimento. Para além das declarações cada vez mais frustes, sem imaginação nem convicção, não ficou realmente a suspeita de um plano, estudado e decidido por um centro de racionalidade. O que se ouviu foi um conjunto de medidas avulsas, deliberadas porque sim. Em contrapartida, cuidada foi a escolha do momento do anúncio. O Conselho de Ministros esperou pacientemente que a RTP1 terminasse a reportagem da visita papal e ocupou o intervalo. Muito oportuno: a 13 de Maio, por entre as deslocações de Bento XVI em território nacional!

2 comentários:

Isabel X disse...

Pois é, tal e qual como diz, João. Vivemos tempos de "uma apagada e vil tristeza". Tempos que já nem a si mesmos se disfarçam por falta de alento e de vontade. O único pedacinho de "estratégia" surgiu quanto à escolha do timing para anúncio do que nos aguarda: o entrecortado e manhoso intervalo da visita papal. E agora discute-se quem pede desculpas e quem não pede.

- Isabel X -

Anónimo disse...

Bem-vindo, já não era sem tempo.
JJ