segunda-feira, 22 de março de 2010

A magnólia do "meu jardim"

Com a Primavera, a magnólia começou a despir-se.

A Magnólia

A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem a forma
o meu esplendor.

Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.

A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.

Luiza Neto Jorge

2 comentários:

Isabel X disse...

Até na Natureza (a magnólia) há quem seja diferente. Que gratificante!...

Reparo que antes era só o "meu" que estava entre "...", agora já é o "meu jardim".

Deixe-se disso João, o jardim, a magnólia, a japoneira, são seus, sem "...", de pleno direito, tal o desvelo com que os acompanha no seu blogue...

- Isabel X -

João B. Serra disse...

Lapso: em vez de "meu jardim", leia-se "meu" jardim.
Estarei atento em próximos posts.