segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um testemunho "autorizado"

A política é um activo da notoriedade social e sempre foi assim. A profissionalização dos políticos criou figurantes da cena cujo curriculum vitae se resume à carreira política, com as suas escalas e regras próprias. Como é sabido, não há hoje equivalente ao cursus honorum da República, vigorando antes regras criadas e geridas no interior dos partidos.
A crítica mais violenta que se pode fazer a este sistema vem de alguém que até hoje dele viveu e com ele conviveu. Diz Feliciano Barreiras Duarte, deputado preterido nas listas do PSD/Leiria, em favor de Maria da Conceição Jardim Pereira, vereadora da Câmara das Caldas desde 1985:
"Interpreto isto apenas como uma vitória do lado da vingança, do aparelhismo puro e duro e do ajuste de contas por parte de pessoas que precisam da política para sobreviver socialmente" (Jornal de Leiria, 6 de Agosto de 2009).

3 comentários:

João Ramos Franco disse...

Caro João Serra
Sempre optei por ser militante anónimo, digno de respeito dentro do partido. Já há largos anos que não quis fazer “parte de pessoas que precisam da política para sobreviver socialmente” e quando tomei essa atitude penso que tive em conta precisamente o que se está a passar agora.
Um Abraço
João Ramos Franco

Isabel X disse...

É sempre assim! Os mais duros (quase desesperados) nas críticas são os que têm o "rabo preso"!
Apontam em desfavor dos outros aquilo que gostavam (esperavam?) que tivesse funcionado em favor próprio!
Umas verdadeiras "virgens ofendidas"!
- Isabel X -

Rui Correia disse...

Liguei o telemóvel de manhã e passeei pelos blogs habituais. Resultado: passei o resto do dia a rir-me com este título.