sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Programas e decisão (1)

Ao contrário do que alguma retórica pretende, os programas eleitorais são quase irrelevantes para a decisão do eleitorado. O que está em causa nestas eleições é a confiança neste Governo (e neste PS) para continuar a governar e o quadro de coligações recomendado para o caso de se regressar à normalidade do nosso sistema político eleitoral (que dificulta a formação de maiorias absolutas e ameaça permanentemente as maiorias relativas).

4 comentários:

Isabel X disse...

Pelo contrário, considero a retórica fundamental, se ela existisse realmente. Só que já ninguém é capaz dela. Aquilo a que se dá actualmente o nome de retórica,em sentido pejorativo, claro, não o é.
Claro que os programas eleitorais são irrelevantes, sempre foram. Ninguém os lê, para além de quem os escreve. Ninguém pensa em cumpri-los, nem sequer quem os escreve.
Este país está ingovernável. É apenas isso. Porquê? Porque a quem governa não é reconhecida a autoridade necessária para o fazer. O "povo" vota para "castigar" os governantes e não para ser governado.
-Isabel X -

João Ramos Franco disse...

Não é esta a realidade que eu gostaria que se passasse, mas é verdade, “O "povo" vota para "castigar" os governantes e não para ser governado”.
Um abraço
João Ramos Franco

Anónimo disse...

Ainda ontem ouvi as linhas programáticas(?)de um partido.Não ouvi mais do que...estar contra outro partido!Com partidos assim,a convidar ao "castigo"...
MV

sabel X disse...

Subscrevo inteiramente o que diz o João Ramos Franco e MV: também tenho pena que esta seja a realidade e penso que o "exemplo vem de cima". Os dirigentes partidários usam uma linguagem imprópria e um método do "vale tudo", que é tudo menos pedagógico. Aliás, o convite ao "castigo" não vem apenas dos partidos, mas também de outras organizações.
- Isabel X -