Guimarães já não é o que era
Estamos sentados numa esplanada na Praça de Santiago, no centro histórico, a navegar com Internet wireless. Enquanto apaziguamos a sede na espuma de um fino, imersos numa plêiade de línguas estrangeiras que se cruzam em grupos pela praça, o sol forte fustiga o casario de arquitectura única e chama-nos à realidade.
Património Cultural da Humanidade, a actual Capital Europeia da Cultura sofreu um lifting que se reconhece em cada canto desta cidade, apesar de se mais antiga que a própria nacionalidade. O "berço" tornou-se uma espécie e cocooning ao vivo, onde se está em cada canto como se fosse em casa. Já não há ruas frias e espaços despidos, restaurantes escuros e bares tristes. Novos espaços que reinventam a gastronomia local, novas lojas e bares, um espirito gregário que convida a fazer parte da festa, bate a compasso da cidade. Aliás um dos slogans da CEC 2012 é mesmo esse: "Tu fazes parte". E Guimarães revelou ser mestre na mescla das novas tendências contemporâneas com o seu passado, reinventando-o sem o descurar.
Fátima Iken, Wine. Essência do Vinho. Setembro de 2012.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
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1 comentário:
Espaços com significado, sentidos por quem lá vive como seus e por quem lá se desloca "como se fosse em casa" não são fáceis de atingir ou de encontrar.
"Ser mestre na mescla das novas tendências contemporâneas com o seu passado, reinventando-o sem o descurar" também não é tarefa fácil.
Tenho lido sobre instituições de artes contemporâneas e, a propósito, sobre o conceito de "práticas instituintes".
É o que me parece passar-se em Guimarães: "fazer parte" de um projeto capaz de criar "práticas instituintes" propiciadoras de um outro modo de vivenciar a cultura, de experimentar o contemporâneo em "mescla" com o passado, de um modo participado, inclusivo e democrático.
As expectativas são altas...
Parabéns, João!
- Isabel X -
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