sexta-feira, 28 de setembro de 2012

À janela de Claudia Cardinale


1 comentário:

S. J. disse...

Não. Não o vimos. É a ela, Claudia, que revemos, a Angélica de "O Leopardo" de Lampedusa e, mais tarde, de Visconti.
Vemos, no findar de uma tarde siciliana e estival, Angélica, já noiva de Tancredo, chegando ao palácio do Príncipe de Salina. Numa aura de oiro velho, vem vestida de branco e rosas; os cabelos negros, fartos, transbordam das abas do chapéu de palha. Sobe a correr os muitos degraus da escadaria e a saia dança com ela.
Beija com a ternura gratuita da sua inocência as suiças do Príncipe. E D. Fabrício suspende o gesto para oferecer a si mesmo a glória de respirar, uma vez ainda , o aroma irresistível de uma beleza que, para ele, vai ser eterna.