Essa data deve ser uma ocasião de festa mas também um momento de reflexão. Acima de tudo, deve representar um traço de união de todos os Portugueses. Devemos unir-nos em torno dos grandes ideais republicanos. Ideais que exigem, da parte dos agentes políticos, um esforço acrescido para a concretização da ética republicana e para a transparência na vida pública. Ideais que exigem, da parte dos cidadãos, uma atitude cívica mais empenhada e mais activa na defesa de uma República onde todos se revejam.
A República desconhece privilégios de nascimento, porque premeia o mérito e a vontade de alcançar uma vida melhor. É um regime de inclusão, que tem de conceder oportunidades iguais para a realização pessoal, familiar e profissional das pessoas.
Numa República, não podem existir barreiras artificiais entre o poder e o povo. Os governantes têm de conhecer a realidade do País. E os cidadãos, por seu turno, têm o dever de participar na vida cívica, ao invés de se queixarem sistematicamente do Estado ou da classe política.
Temos de vencer a tendência para nos lamentarmos de tudo e de todos, e de pouco fazermos para melhorar o que é de tudo e que é de todos.
É esta a República que comemoramos este ano e cujo centenário irá ser comemorado em 2010.
Comemoramos uma República de cidadãos livres e iguais, que merecem o respeito dos governantes.
Uma República de pessoas, com aspirações e problemas concretos. Pessoas cujas preocupações e anseios têm de ser escutados, sobretudo nos momentos mais difíceis.
Do mensagem do Presidente da República lida hoje no Palácio de Belém (na íntegra aqui)
1 comentário:
Às palavras do presidente(desta vez)adiro sem reservas, principalmente, quando fala em "...vencer a tendência para nos queixarmos de tudo e de todos" e em "... melhorar o que é de tudo e de todos."
Mas, embora não tenha graça nenhuma, ontem não pude deixar de sorrir (desculpem-me, foi sem querer) quando um monárquico disse na televisão que quem ultimamente mais tem feito pela causa monárquica (eles gostam de dizer real) é o próprio Presidente da República, a quem se mostraram gratos por isso.
O certo é que isto de ser monárquico está a tornar-se mediático; mais do que como opção política, vai passando nos meios de comunicação como uma atitude... "gira"... talvez?
- Isabel X -
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