René Descartes, As Paixões da Alma. São Paulo, Martins Fontes, 1998. p. 68 [edição original: 1646]
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Falemos então de paixões
Observo, além disso, que os objectos que movem os sentidos não excitam em nós paixões diversas na medida de todas as diversidades que neles existem, mas somente na medida das diversas maneiras como eles nos podem prejudicar ou beneficiar, ou, em geral, de nos ser importantes; e que a utilidade de todas as paixões consiste unicamente em que elas dispõem a alma a querer as coisas que a natureza estipula que nos são úteis e a persistir nessa vontade; como também a mesma agitação dos espíritos que costuma causá-las, dispõe o corpo para os movimentos que servem para a execução dessas coisas.
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1 comentário:
Tem Descartes muita razão, desta vez: que há uma utilidade intrínseca às paixões.
A existência, pelo menos na sua fase adulta, seria demasiado monótona sem elas.
As paixões dependem da imaginação, de que as palavras constituem estímulo. As paixões conduzem a acção.
É o que me parece, agora que penso nisso.
- Isabel X -
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