Três breves comentários a este propósito:
1º - A carta da associação PH foi enviada a 29 de Dezembro. O respeito pela iniciativa de uma entidade como o PH deveria ter feito ponderar o deputado António Galamba sobre a oportunidade da sua intervenção de 20 de Janeiro. Se uma entidade respeitável e competente entendera, sem qualquer publicidade, desencadear medidas para salvaguarda patrimonial, a sobreposição partidária é desnecessária e desajustada.
2º - A carta da associação PH, aliás redigida após consultas alargadas a diversas personalidades da área dos museus, foi correctamente endereçada e concordante com a legislação em vigor.
3º - Registe-se, por fim, que foi o Museu do Azulejo o escolhido para tratar deste assunto. De facto, o Museu de Cerâmica não tomou em devido tempo, como evidentemente lhe competia e era sua elementar obrigação, a iniciativa de organizar o dossiê de classificação do valioso património histórico dos Bordalos.
4 comentários:
Ainda outro comentário: de tão específica, ao centrar-se na questão patrimonial, a iniciativa do deputado Galamba e do PS das Caldas, acabou por suscitar estranheza e críticas de alguns que consideram estarem eles mais preocupados com o património do que com os operários.
- Isabel X -
Devo dizer que, na qualidade de vereador, participei na deliberação para se requerer a classificação do Património da Fábrica de Faianças Rafael Bordalo Pinheiro e de apoiar a iniciativa da Associação PH, da qual tive conhecimento já depois do assunto estar agendado.
Sobre o cometário da Isabel só tenho a dizer uma coisa, considero-o injusto e desinformado.
Nicolau Borges
Como esta polémica é certamente inútil, quero apenas reafirmar, e pela última vez, que também a associação PH - Grupo de Estudos não foi informada pelo seu associado Nicolau Borges (e Presidente da Direcção até há menos de dois anos) de que ia tomar iniciativas na qualidade de vereador, na Câmara Municipal, sobre o património da Fábrica Bordalo Pinheiro. De facto, fê-lo à revelia da associação a que pertence e que, antes de qualquer partido político, está vocacionada para esse tipo de iniciativas. Não é de admirar, portanto, que o meu comentário seja "desinformado", mas nunca injusto!
- Isabel Xavier (Presidente da Associação Património Histórico)-
Para concluir a "inútil polémica" compete-me esclarecer a Drª Isabel que o cargo de vereador não me foi mandatado pela Associação PH, talvez também por alguns dos seus membros, a título individual, mas não pela Associação.Infelizmente, como se comprova pela actual crise política, as associações como a PH têm pouca participação directa na escolha dos seus representantes no Parlamento.
Final da polémica, da minha parte.
Nicolau Borges
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