Nas Caldas, onde viveu alguns anos, ainda não conseguimos realizar a justificada evocação desses tempos.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Luiz Pacheco
Luiz Pacheco (aqui numa fotografia junto ao Hospital Termal das Caldas da Rainha) morreu a 7 de Janeiro de 2008.
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Pacheco (Luiz)
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10 comentários:
Um ano passou que Luiz Pacheco partiu. Morreu é uma palavra que no meu vocabulário não gosto de aplicar quando se trata de falar ou escrever sobre um Amigo. Conheci-o nas Caldas, em Junho de 1967, mas a nossa partilha de amizade, (muitas vezes debaixo do mesmo teto), foi em Lisboa e Massamá, ou seja umas em minha casa outras em casa dele. Quase todos os dias recordo momentos passados com Ele, basta olhar os livros nas estantes que me rodeiam e de entre eles salta o pensar no Luiz e o que falávamos sobre o líamos, dos seus projectos, as “tertúlias” em que participava-mos e um infindável número de historias a que eu vou chamar de etc.
Mas nestes reencontros de Amigos para nos despedirmos quando um parte, acontecem encontros que inesperados, o João Serra e eu, presentes pela mesma razão, não nos conhecíamos, (não perguntem como foi porque já não me lembro), se foi outra pessoa que nos apresentou ou se foi espontânea troca de palavras entre nós e apresentação mutua. Há uma certeza minha, muito gostaria o Luiz Pacheco de saber que no dia em partiu, dois amigos dele, o João Serra e o João Ramos Franco se iam tornar amigos.
João Ramos Franco
Surpreendente e pleno de ternura este testemunho de João Ramos Franco! A amizade que nasceu junto do amigo comum já falecido é dos episódios mais comoventes que me foi dado conhecer até hoje! Assim dito, deste modo despojado e genuíno do João ramos Franco. Aliás, já sabia que se tinham conhecido nessas circunstâncias pelo João Serra.
- Isabel X -
....Nas Caldas ainda não conseguimos realizar a justificada evocação desses tempos....porquê?!
Anónimo disse ....Nas Caldas ainda não conseguimos realizar a justificada evocação desses tempos....porquê?! O seu “porquê?!” não sei se refere à evocação justificada desses tempos ou ao Escritor Luiz Pacheco, mas em qualquer dos casos, demonstra uma falta de cultura cientifica e de como se estuda determinadas épocas numa sociedade e a influência de determinados factores na mesma. Pelo que dá a entender no que escreve, os Professores de Letras, de História, de Sociologia, de Filosofia e de Antropologia, também devem ter o, “porquê?!” da sua existência. Ou então andamos enganados quando por exemplo, lemos e tentamos estudar, por exemplo: Sófocles (Poeta) Grécia Antiga [-496--406]
João Ramos Franco
Há 50 anos Luis Pacheco gostava pouco das Caldas e ainda menos dos Caldenses. O sentimento era mútuo e reciproco.
O tempo apaga muita coisa e a morte, essa apaga e modifica tudo. Será que ao ponto de se fazer uma homenagem? Dar-lhe a medalha da cidade no 15 de Maio? Seria o máximo!
Meu caro, Quim Caldas, o Luiz Pacheco era cidadão do mundo, nunca gostava do local onde estava e eram poucas as pessoas com quem criava amizade. Lisboa, Setúbal. Caldas, Massamá, Moita, etc, não eram para ele mais do que um refúgio momentâneo do Escritor. Talvez por poucas pessoas saberem isto, lhes pareça estranho o João Serra ter falado de uma justificada homenagem.
João Ramos Franco
Aviso à navegação: os meninos que comentam não se importam de ler o que o homem escreveu? Nao custa nada e ficariam de boas graças com a honestidade intelectual. O João Serra falou aqui em "justificada evocação desses tempos" e há quem leia homenagem e ridicularize com medalhas. isso não é ler é tresler. Eu é que digo agora: com franqueza!!!
MT
Descupem o engano, foi provocado pelo comentário a que me estava a referir.Corrijo o paragrafo final: Talvez por poucas pessoas saberem isto, lhes pareça estranho o João Serra ter falado de uma justificada justificada evocação desses tempos.
João Ramos Franco
Porquê é que não conseguiram fazer a homenagem....as Caldas e os caldenses..
Caros comentadores.
Como já aqui foi referido, NUNCA LAMENTEI A AUSÊNCIA DE HOMENAGEM a Luiz Pacheco. NUNCA usei o termo HOMENAGEM. NÂO estou preocupado com HOMENAGENS. Falei de evocação (memória, lembrança) dos tempos de passagem de Pacheco pelas Caldas. Foram tempos singulares e a sua passagem deixou sinais. Existem condições para mostrar e propor uma leitura desses sinais (vestígios, escritos, recordações, objectos, imagens).
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