segunda-feira, 26 de abril de 2010

As meninas do Souto e da Corredoura dançam ao 25 de Abril



4 comentários:

Cláudia disse...

Não existe nenhum canto, que o povo com espanto, vem para cá se encantar. Salta, dança e pula, as meninas entulham, doçura no olhar.
O troféu é a alegria, não tem choro nem quem pía, todo mundo quer brincar... É fulana, beltrana e cicrana, querendo se achegar! Tem até criança, carregada pela herança da farra beliscar. Espia pela fresta, ou, um colo empresta à se apoiar. É sandália que voa, sapato que fica, o povo repica, sem tempo de achar.
Na face o riso da vida, sofrida, desiludida, farra aplaudida. É tudo tão simples e, diferente, estampado em tanta gente, que vale entoar.
Quisera ver, só para crer, que com uma, o povo vai conformar.
Com tanta figura, caibe-vos a formosura, para empunhar. Nesta aventura, sobra tradição e não adianta opinião, para cultura reparar. Salva-se, apenas um desafio: Será que alguém pode adivinhar?
Quem não entende fica gritando:
-Gentalha, gentalha; Não que da vida só mortalha há de restar.
Resta trilha, que se há de trilhar...
Sobe lá e dança, queremos a vida na saia rodada e história para contar...





Bom... Mesmo, não entendendo de tradição portuguesa, arrisquei um comentário, pois é lindo demais este momento.

João B. Serra disse...

Obrigado Claudia, pelo seu belo e sentido comentário. Acho que entendeu bem a tradição portuguesa que o seu texto valoriza. Por ele, valeu a pena o "trabalho" do esforçado fotógrafo.

Isabel X disse...

Achei comovente o comentário da Cláudia! É tão estimulante a ideia de uma compreensão mútua da tradição baseada na comunhão da língua e da sensibilidade...
As minhotas são lindas, principalmente estas que o João fotografou e inspiraram a Claudia ao seu belo comentário.
Acautelam desde há séculos a vida e a independência próprias com as voltas de ouro e filigrana que orgulhosamente (e muito bem) trazem ao peito! Arte pura.
Fico feliz!
- Isabel X -

Oliveira disse...

Este comentário consegue expressar o que as vezes mal, percebemos.
Valorizou a pureza dos portugueses.