Mas os produtores de heróis nacionais já o tinham canonizado e o chefe militar do Mestre de Aviz, que o ajudou a ser Rei de Portugal, já tinha ganho o direito a ser tratado por Santo Condestável.
O Presidente da República entende que o novo Santo "deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor". Paulo Portas preferiu antes apontar o "líder destemido que sempre assentou a força na justiça". Guilhermina de Jesus cujo testemunho foi aceite como probatório, limitou-se a declarar: "sinto uma paz enorme".
2 comentários:
A tradição poética (Camões, Junqueiro, Pessoa) entronizou Nuno Álvares pelas suas exímias capacidades de estratega militar, que deram a vitória a Portugal sobre Castela. E é isso que se encontra sedimentado no imaginário da maioria dos portugueses, para mal daqueles - muitos! - que não percebem como pode um guerreiro ascender à santidade.
Conseguirá a Igreja justificar o seu gesto a um mundo secular e anticlerical, que sabe que toda a guerra gera crimes irrevogáveis que nenhuma caridade pode obliterar? Para um militar pode ser reconfortante, mas para os que são objectores de consciência tratar-se-à de um presente envenenado, por certo.
Mais um tiro no pé deste Pontífice, ainda que movido das melhores intenções? Oxalá esteja enganado!
Qual é parte que nos deve inspirar?A de Santo ou a de Condestável?Como se conjugam as duas?
O Sr. Presidente pensou na questão?Não é que ela seja importante, mas caramba, este dilema só agrava a nossa dificuldade em percebermos para onde vamos, como vamos e com quem vamos....não é seja importante, mas condestável?Do Reino?
Eu por mim continuo a pensar que a referência deveria ser as Alas dos Namorados....seria aí que eu teria combatido, clamando por S. Jorge, o mesmo da belissima ecultura de RBordalo Pinheiro, a que está nos Patudos, claro.
NB
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