sábado, 28 de março de 2009

À janela de Duchamp

Marcel Duchamp
Fresh Widow, 1920/1964

Duchamp criou o original em 1920 em Nova Iorque. Em 1964, foi produzida esta réplica pela Galeria Schwarz de Milan, com supervisão de Duchamp. Esta terceira versão pertence ao Centre Pompidou e foi adquirida em 1986.

2 comentários:

Anónimo disse...

E...o que separa a janela da poesia?
Um ténue passo!
MV

Anónimo disse...

Marcel Duchamp nao pretendia criar objectos belos.Atrevo-me a designar esta escultura por "A-não-janela".Representa a opacidade absoluta. Desde logo o título é um trocadilho para a verdadeira "French Window".As vidraças de couro negro são o indicador da rejeição do autor relativamente à ideia comum da Arte como janela sobre o Mundo.A Arte não era para ser comtemplada mas interpretada. Atentando,novamente, no título,tal como se nos apresenta,fazemos nova leitura da escultura.Se, por um lado o preto representa o luto respeitoso e convencional,por outro,a utilização do couro e a cor alegre da madeira sugerem um comportamento menos apropriado a uma viúva.

RP