O traumatismo criado pela descoberta dos horrores da Segunda Guerra Mundial foi o primeiro factor a contribuir para o descrédito do nacionalismo, fundamentalmente por causa da atribuição desses horrores ao nacionalismo alemão. A nação seria uma ficção política, artificial, a um tempo tirânica e ineficaz, teria servido de álibi às piores atrocidades do século XX. Mário Vargas Llosa resume bem a ideia dominante no pós Segunda Guerra Mundial: “ Se tivermos em conta o sangue que fez correr no decurso da história, o modo como contribuiu para alimentar os preconceitos, o racismo, a xenofobia e a falta de compreensão entre os povos e as culturas, o álibi que ofereceu ao autoritarismo, ao totalitarismo., ao colonialismo, aos genocídios religiosos e étnicos, a nação parece-me ser o exemplo privilegiado de uma imaginação maligna”.
Dominique Schnaper, “L’identité nationale:quelles realités?
In L’Identité Nationale. Cahiers Français, nº 342. Jan-Fev 2008, p. 3.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
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