E a moral da história é:
Cavaco Silva só perdeu uma das votações, a das presidenciais de 1996, contra Jorge Sampaio. Em eleições legislativas, ganhou todas. Curiosamente, o melhor resultado da força vencida por Cavaco Silva em eleições legislativas também pertenceu a Jorge Sampaio, em 1991.
Notas breves sobre o discurso de vitória do Presidente eleito.
1ª - Em vez de encerrar a campanha eleitoral, retomou os seus temas menos interessantes.
2ª - Em vez de extinguir a maioria presidencial, como o fizeram todos os presidentes em noite de eleição, reivindicou-a.
3ª - Em vez de reposicionar a função presidencial, manteve a ambiguidade do seu papel futuro tal como decorre do uso de expressões como "magistratura activa" e "magistratura actuante".
Notas breves sobre os discursos de vitória dos candidatos não eleitos:
1ª - Os candidatos vitoriosos foram, além do Prof. Cavaco, Nobre e Coelho.
2ª - Nobre e Coelho não mostram fazer a mínima ideia do que fazer das sua vitórias; é essa exactamente a consequência do irrealismo do voto de protesto nas candidaturas ditas do dito.
3ª - Ambos responsabilizaram a comunicação social, ao que parece por não terem obtido por essa via amplificação das suas exaltantes e salvíficas mensagens. Curiosamente, nesse aspecto coincidiram com o discurso de vitória do candidato eleito.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
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3 comentários:
E teve um discurso de ressentimento inaceitável: do supremo magistrado de uma nação exige-se, sobretudo, magnanimidade.
De discursos inaceitáveis está o país cheio.....este foi apenas mais um.
Podia activamente patrocinar o seu regresso ao silêncio...sem recurso às brincadeiras das escutas para se entreter a alimentar as suas paraónias!
Talvez fosse útil reunir os papelinhos que nos provem que tudo o que foi dito sobre ele e as suas indesejáveis ligaçoes é falso.
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