sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O caso da "espionagem"

Averiguado e comentado pelo Provedor do Leitor do Público, o jornalista Joaquim Vieira, no passado dia 13, no mesmo jornal.

O provedor pôde concluir que o contacto inicial de um membro da PR com o jornal para se queixar da “espionagem” de S. Bento sobre Belém, e até da possibilidade de escutas telefónicas, se deu há cerca de 17 meses, pouco após a visita de C.S. à Madeira. Mas ao longo deste quase ano e meio a mesma fonte não apresentou qualquer indício palpável da existência dessas escutas, pelo que a possibilidade de termos aqui um Watergate luso, como chegou a ser aventado entre as inúmeras reacções que a notícia desencadeou, é no mínimo um insulto a Bob Woodward e Carl Bernstein, os jornalistas que denunciaram o caso original. Salvo melhor prova, tudo não passa de um indício, sim, mas de paranóia, oriunda do Palácio de Belém. Só que tal manifestação é em si já notícia, porque revela a intenção deliberada de alguém próximo do PR minar a relação institucional (ou a “cooperação estratégica”) com o Governo.
Clique sobre a imagem se quiser ler o texto completo de J. Vieira.

8 comentários:

Isabel X disse...

Bem pode o presidente escudar-se em só querer falar sobre segurança após as eleições; bem pode dizer que não interfere em questões partidárias durante a campanha; os factos desmentem essas palavras.
"Alguém próximo do PR" nada seria sem o PR: não existe, objectivamente, de um modo autónomo.
O Presidente da República é um órgão unipessoal.
Os assesores e todos os demais ligados à "presidência" existem porque existe presidente, eleito por sufrágio directo dos portugueses.
- Isabel X -

João Ramos Franco disse...

Li com atenção Diário de Noticias o mail (identificável) publicado hoje e toda a notícia. Penso pelo que li, que o assunto merece um esclarecimento imediato da Presidência da Republica na medida que se prova que no assunto está envolvido um Assessor da mesma. Terá que se apurar a responsabilidade de quem envia o mail e de tudo a que ele se refere.
João Ramos Franco

João Ramos Franco disse...

Poso acreditar em muito do que se diz, mas não acredito que a Presidêcia da Républica não tenha informações de tudo o qu se passa dento da policia secreta.
Para mal meu, aprendi muito na escola da Guerra do Ultramar. Tática de informação e desinformação...
João Ramos Franco

Anónimo disse...

Os Jardins de Belém precisam de novas aplicações na Distribuição de Água....
Repuxos mais vigorosos...
Fontes com nova canalização e porventura com águas mais limpas...
Talvez porque não?
Uma Estação de Tratamento de Águas.....

Atrever-me-ia, mas quem sou eu, a que alguma da Água destes Jardins, pudesse ser Benzida pelo Patriarcado de Lisboa, e aí sim, passaríamos a ter Fontes de Belém com Propriedades Santas e talvez Medicinais....

Proponho mesmo um Templo da Água, ou, se as restrições orçamentais não o permitirem devido ao gigantismo de algumas obras públicas, um SPA só para membros credenciados....

No Menu das Diversas Fontes:

Momento ZEN - Escutar a Água
Momento de Massagem Intelectual - Água de Cavaqueira
Momento Neurológico - Água Liberata
Momento de Gnose - Água Toscana
Momento Estimulante - Água Lima
Momento Higiénico - Água Fervente
Momento Tecnológico - DV-Água
Momento Libertação - Pulverização com Partículas de Gelo para o regresso à realidade.

.../...

Um Abraço Professor João Serra

PSimões

João Ramos Franco disse...

Tudo aponta para que tudo isto tenha sido feito propositadamente. Vejamos, será que o Assessor é tão ingénuo que deixa uma prova documental do favor que pede ao jornalista sem qualquer razão!?...
Tendo lido, o percurso da vida profissional do Assessor tudo me leva crer que o assunto foi tratado por escrito intencionalmente, e não verbalmente, como seria plausível, para não deixar provas.
João Ramos Franco

Rui disse...

..e ainda dizem que a silly season acaba ali por volta de Setembro

J J disse...

Caro Rui:
A Silly Season acaba (talvez) no dia 27 de Setembro. Mas não é certo...

Este caso é um trilema, em que falta saber quem esteve pior: Imprensa, PR ou PM.

Paulo G. Trilho Prudêncio disse...

Viva João Serra.

Parecem coisas palacianas que fazem uma grande mossa na credibilidade do regime. Pode ser que depois da campanha os ânimos acalmem e as pessoas se recordem que há mais vida para além dos seus umbigos. Depois do frenesim vem sempre um período em que se enxerga mais uma bocadito e em que se as vidrarias vendem espelhos a fio. Pode é ser tarde; em alguns casos, será com toda a certeza.

Abraço.