quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Conversa à esquerda
Começa-se, enfim, a colocar a hipótese de uma conversa à esquerda. É uma hipótese ténue, prontamente desmentida pelos líderes mais sectários que preferem a vitória da direita nas próximas eleições legislativas e na Câmara de Lisboa. Mas a consciência de que a recusa de entendimentos à esquerda favorece eleitoralmente a direita está a fazer algum caminho.
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14 comentários:
Líderes que «preferem a vitória da direita nas próximas eleições legislativas e na Câmara de Lisboa». Se são líderes, quem são? Onde leu ou ouviu isso? Só por curiosidade.
Cumprimentos.
Estou de acordo com o anterior comentador, se há lideres de esquerda que preferem a vitória da direita devem ser denunciados e expostos publicamente, mediante a apresentação das respectivas provas!
"Tudo é preferível às insinuações", li isto aqui há tempos neste blogue.
Esperemos, nós precisamos do eleitorado do centro-esquerda e tenho esperança, acredito no comício de Coimbra…
Um abraço
João Ramos Franco
Caros comentadores, só vos posso responder com o que evidentemente já sabem: todos os líderes de esquerda que afirmam todos os dias que o seu objectivo é derrotar o Partido Socialista. Não creio que haja qualquer dúvida séria sobre esse tema. A escolha é livre, mas os argumentos responsabilizam. Não ha forma de escapar às consequências.
Estou plenamente de acordo com o Autor do blogue:
"todos os líderes de esquerda que afirmam todos os dias que o seu objectivo é derrotar o Partido Socialista"
MV
Disputam o mesmo eleitorado, apenas isso! Ou não?
Usam os trunfos que têm; isto é, sabem, a quem devem dirigir preferencialmente as suas críticas.
O povo (eu, por exemplo) percebe isso muito bem!
- Isabel X -
Viva João Serra.
Concordo com a Isabel X: disputam o mesmo eleitorado (quase, claro, porque Sócrates disputa eleitorado também com a direita) e jogam com os argumentos que têm. Mas por falar em sectarismo, o actual líder do partido do governo é quase imbatível na sua atitude de intransigência em relação aos que estão à sua esquerda. Embora agora até esteja mais delicado, a legislatura teve quatro anos e meio.
Abraço.
Viva Isabel X.
Ao ler o seu último comentário, verifiquei que tem algumas preocupações que assaltam muitos dos professores e eu não fujo a isso: hierarquizar algumas categorias: exercício profissional, exercício cívico e patriotismo.
Tento escolher com outros princípios a montante: ética (no sentido prático do exercício), liberdade, democracia e coerência. Principalmente esta última.
E nem sei em quem vou votar. Sei que será à esquerda e desta vez não será no PS. Se isto me retira a categoria de patriota, acrescenta-me na consciência mais bem-estar cívico e garante-me um norte nas nos meus sentimentos de coerência e de participação cívica.
Não se pode estar quatro anos a lutar contar as nefastas políticas na Educação deste governo e depois apoiar os seus programas em qualquer das circunstâncias eleitorais que se avizinham.
Abraço.
Apesar de tudo, nas legislativas, vou votar no PS! Não ponho a minha condição pessoal de professora à frente da minha posição de cidadã. Para mim é do mal o menos! Primeiro que tudo, para mim, está PORTUGAL, aquilo que é mais do que fundamental para mim!
- Isabel X -
Viva João Serra e Isabel X.
Assim não vale :)
Aparecem dois comentários meus consecutivos, quando o segundo só foi escrito depois da Isabel X ter dito de sua justiça em relação ao facto de se votar no actual PS por patriotismo.
Vou brincar, a sério que é mesmo com um sorriso franco, o seguinte: já sabia que: "quem se mete com o ps leva"; agora fiquei a saber que: "quem não vota ps não é patriota (e não alinha em albergues espanhóis, acrescento)" - finalmente começo a dar razão à inenarrável líder do PSD quanto aos seus receios com Espanha.
Um abraço (e lá a apareceu Mário Soares a dizer que não o repugna que ps se junte ao bloco de esquerda).
Caro Paulo Prudêncio,
Por motivos que me escapam, o segundo comentário de Isabel X apareceu como tendo origem no autor do blogue. Como manifestamente isso não correspondia à verdade, foi necessário eliminar essa referencia. A sequência cronológica dos comentários porém a que o Paulo indica: o seu segundo comentário replica ao segundo de Isabel X-
E já agora, para também repor o rigor dos termos: as palavras "por patriotismo" foi o Paulo que as usou pela primeira vez.
JS
Viva João Serra.
Percebi logo que deve ter sido qualquer coisa do género; mas de repente pensei: queres ver que já não estou grande coisa, apesar de saber que "deus morreu, marx tb e eu já não me sinto lá muito bem" :)
Em rigor, o substantivo patriotismo é-me raro. Jurei bandeira, sabe-se lá com que sacrifício (fui um comando não voluntário, irra), mas não recorro ao sentimento nem nos momentos de maior aflição.
Tenho ideia que no comentário que o João teve de corrigir a Isabel X fazia uma alusão ao ser-se patriota, ao patriotismo ou ao por Portugal. Foi apenas por isso que resolvi replicar. Como a ordem dos comentários ficou alterada é que pode dar a ideia que fui eu o percursor da busca de nacionalidade:)
Aquela abraço aos dois.
Uhps... tinha-me esquecido de que não se pode dizer... Portugal! Peço desculpa, foi um lapso!
Logo eu que conheço bem quão pesada é a herança que os portugueses carregam, que os leva ao ponto de nem o nome do seu país poderem invocar sem se sentirem incomodados por isso. Só que já era tempo de esse incómodo ter sido ultrapassado!
Considerar que só pode invocar o nome de Portugal quem é castiço e retrógrado e que isso está vedado aos modernos e progressistas é puro preconceito!
A atitude de "não discutir a pátria" só encontra equivalente em não poder sequer dizê-la!
- Isabel X -
Viva Isabel X.
Francamente: apenas me referi ao facto de ter sido afirmado que se votava neste PS a pensar em Portugal. Tb só me referi à circunstância de raramente me socorrer da categoria patriotismo, por causa da troca da ordem dos comentários. Não me sinto nada incomodado com a ideia de Portugal, bem pelo contrário: tenho muito orgulho em ser professor neste país, por exemplo, e pela obra extraordinária que temos feito na Educação nos últimos 35 anos (e neste parâmetro, estou nas antípodas do actual ps :)).
Pode crer que nunca me passou pela cabeça argumentar com os conceitos de retrógado ou castiço em referência aos que defendem a cultura portuguesa (ou outra qualquer, claro).
Abraço e obrigado.
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