sexta-feira, 14 de novembro de 2008
A caminho de Viseu
Ontem saí de Lisboa, pela Avenida Infante D. Henrique, já a noite caía sobre o rio. Comigo levava a memória viva do reencontro, à mistura com os sons e as cores do Chiado (agora que me tornei um cidadão da Baixa lisboeta). Hesitei entre rádio e cd e decidi-me pelo silêncio, que é um bom companheiro de viagem. Do meu lado direito, aquele enorme e inesperado disco branco parecia seguir o mesmo trajecto. Uma presença/evocação/inspiração feminina (diz-se que a lua deposita segredos nos dedos das mulheres) que só em Santarém se afastou, tomando, enfim, a altura habitual. Fazia frio, em Viseu.
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9 comentários:
Descrição dos momentos de que se fez uma viagem, quase como confirmação do título do blog. A mim encanta-me o tom próximo do diário pessoal. Com a lua como companheira, só o silêncio podia convir.
Isabel X
Obrigado, Isabel.
E não é que, além da palavra amiga que observa e sublinha, agora também domina esta nova "tecnologia" de comentários em blog?
Espero que não tenha torcido um pé!
MT
Indo eu, indo eu,
A caminho de Viseu,
Encontrei o meu amor,
Ai Jesus, que lá vou eu!
Ora zus, truz, truz,
Ora zás, trás, trás,
Ora chega, chega, chega,
Ora arreda lá pr'a trás!
Indo eu, indo eu,
A caminho de Viseu,
Escorreguei, torci um pé,
Ai que tanto me doeu!
Vindo eu, vindo eu,
Da cidade de Viseu,
Deixei lá o meu amor,
O que bem me aborreceu!
O Dr. Ruas gostará desta nova versão do "Indo eu...a caminho de Viseu"?
diz-se que a lua deposita segredos nos dedos das mulheres...
Acho que sim, mas só nos de algumas...o segredo é esse.
Bem a vi ontem, grande, grávida de luz, cheia de mistérios, e sim, deixou-me alguns segredos nos meus dedos, sim!
Pronto...a brincadeira com a "poesia" da frase já quase estragou o encantamento ela que encerra!
Sim, o meu comentário estava a mais.
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