Comunicações e debate sobre património e urbanismo no Refeitório dos Frades em Alcobaça. Pedro Ribeiro, engenheiro civil da equipa de João Appleton, membro da associação Património Histórico, explica, com exemplos extraídos da sua experiência (edifícios pombalinos em Lisboa, Abadia de Alcobaça, Estúdio Carlos Relvas na Golegã) o que reabilitar, como reabilitar e porquê reabilitar. A sua exposição põe em evidência vantagens comparativas que permitem equacionar a reabilitação urbana como uma opção económica, amiga do ambiente e qualificadora da cidade.
O arquitecto Gonçalo Byrne aponta a situação em que se encontra a generalidade dos centros históricos: em perda, abandonados, decadentes. Mas adverte: os problemas podem gerar hipóteses de regeneração urbana. A pior atitude é nada fazer. Se nada se fizer, no final teremos apenas ruinas. A reabilitação do património evita a ruina e revitaliza a envolvente urbana.
Peço-lhe que nos faça um balanço das políticas urbanas para os centros históricos das últimas décadas. É crítico da descontinuidade das políticas que aponta como principal responsável pelo respectivo insucesso. As decisões que temos de tomar são de curto prazo umas, de médio e longo prazo outras. E aponta duas direcções: as políticas urbanas têm de fazer do cidadão o centro de todas as coisas e têm de deixar ser tão disjuntivas ("ao ou ou, prefiro o e").
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