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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Melancolia cisterciense


No 2º semestre de 2003, o Mosteiro de Alcobaça, celebrando 850 anos sobre a sua fundação, promoveu uma exposição intitulada (e)vocações. Comissariada por Isabel Costeira, teve a presença de Virgínia Fróis, Vanessa Santos, Sérgio Vicente, Sara Matos, João Castro Silva e José Aurélio.
Podemos agora (re)ver parte do trabalho de José Aurélio no Armazém das Artes. Denominava-se Mise en scène, equilíbrios. O que está agora exposto são estruturas metálicas concebidas pelo escultor para acomodarem e darem movimento a obras dos barristas de Alcobaça que com o tempo foram reduzidos a fragmentos. O efeito desta reinstalação é fascinante. Interpela-nos tanto a beleza destes restos de trabalho artístico perdidos no tempo como a significação patrimonial com que José Aurélio os recuperou e interpretou.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Visita ao Armazém

Deslocação a Alcobaça, com os estudantes do mestrado de Artes Plásticas, para observar as obras de requalificação do espaço envolvente do Mosteiro projectadas pelo Professor Arquitecto Gonçalo Byrne. Sempre debaixo de chuva, aproveitamos um dos toldos das esplanadas para observar e discutir a intervenção.
Visita, em seguida, ao "Armazém das Artes", na companhia do escultor José Aurélio. Para ver a bela  exposição "Modelar o Espaço" - Alberto Carneiro, Álvaro Carneiro, Carlos Barreira, Francisco Tropa, Isabel Garcia, Sara Matos e Virgínia Fróis -, cujo catálogo foi lançado hoje, surpreendermo-nos com a extraordinária colecção de instrumentos e mecanismos, e, sobretudo, fazer perguntas e ouvir José Aurélio falar da sua obra e deste projecto, e explicar como uma e outro são indissociáveis de um homem que se define a si próprio como "agente cultural".
Alcobaça, a região, o país têm que prestar mais atenção a este singular Armazém.

sábado, 25 de outubro de 2008

E/ou. E, em vez de ou.


Comunicações e debate sobre património e urbanismo no Refeitório dos Frades em Alcobaça. Pedro Ribeiro, engenheiro civil da equipa de João Appleton, membro da associação Património Histórico, explica, com exemplos extraídos da sua experiência (edifícios pombalinos em Lisboa, Abadia de Alcobaça, Estúdio Carlos Relvas na Golegã) o que reabilitar, como reabilitar e porquê reabilitar. A sua exposição põe em evidência vantagens comparativas que permitem equacionar a reabilitação urbana como uma opção económica, amiga do ambiente e qualificadora da cidade.
O arquitecto Gonçalo Byrne aponta a situação em que se encontra a generalidade dos centros históricos: em perda, abandonados, decadentes. Mas adverte: os problemas podem gerar hipóteses de regeneração urbana. A pior atitude é nada fazer. Se nada se fizer, no final teremos apenas ruinas. A reabilitação do património evita  a ruina e revitaliza a envolvente urbana.
Peço-lhe que nos faça um balanço das políticas urbanas para os centros históricos das últimas décadas. É crítico da descontinuidade das políticas que aponta como principal responsável pelo respectivo insucesso. As decisões que temos de tomar são de curto prazo umas, de médio e longo prazo outras. E aponta duas direcções: as políticas urbanas têm de fazer do cidadão o centro de todas as coisas e têm de deixar ser tão disjuntivas ("ao ou ou, prefiro o e").