Há cerca de um ano, Fanny, filha de um senegalês, seguiu para Agadez, no Niger, ponto de partida de todas as migrações africanas. Regressada, criou para a Gare Saint Sauveur, um dos espaços de exposição recuperados pela entidade que em Lille gere o pós-Capital Europeia da Cultura (*), uma instalação monumental intitulada 24 de Dezembro de 1957, onde compara, através de testemunhos impressivos, duas épocas: e do seu pai chegado a França em 1957.
A artista encontrou então, em Agosto de 2009, emigrantes que viajavam de camião no deserto da Líbia em direcção ao mar, que atravessavam de barco. Um ano depois, em Agosto de 2010, procurou-os no Sul da Itália, em Castel Voturno (porto no qual desembarcam grandes quantidades de emigrantes vindos de Agadez) e não encontrou nenhum.
(*) Lille foi Capital Europeia da Cultura em 2004. Uma entidade chamada Lille 3000 é responsável pela programação cultural e elan regenerador recebido de 2004. Há cerca de um ano abriu, na Gare Saint Sauveur, um terminal abandonado dos caminhos de ferro, um espaço de exposição, criação e convívio.
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