Como acontece sempre que entro nesse domínio do insondável, onde se justapõem desejos e previsões, equivoquei-me. Sempre antecipei que o Professor Cavaco Silva não se candidataria a 2º mandato, pelo excelente mas inconfessável motivo de que não dispensava o espectáculo de ver o Professor Marcelo Rebelo de Sousa em campanha por Belém.
Vejo agora que este meu antigo colega de 1º ano de Direito admite candidatar-se à Presidência da República daqui a 5 anos. Se estiverem reunidas as condições, claro. Entretanto, ainda na mesma semana, confessou que achava a vida de Presidente uma seca. Esta condicionante parece ser difícil alterar em 5 anos. A ver vamos... Ainda falta tanto tempo!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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9 comentários:
"Esta condicionante parece ser difícil alterar em 5 anos." - desmancho-me a rir consigo. É-me irreprimível.
O circo republicano no seu melhor.
Às vezes temo pela saúde mental do professor Marcelo. Afinal, já se vai tornando praticamente uma pessoa de família, tantas são as visitas que nos faz, em casa, aos domingos.
Aliás, temo pela saúde mental de todos nós, até por seguirmos estes raciocínios mais ou menos ínvios, mais ou menos ilógicos e lhes prestarmos atenção.
O João desperta-nos a atenção neste post usando a arma mais eficaz e certeira de todas: a ironia. Uma seta no coração do discurso!
Dá vontade de rir (como diz o Rui), mas é um caso sério (digo eu).
- Isabel X -
Apesar de tudo, prefiro este. É um "circo" onde o espaço público é tão amplo quanto os cidadãos o fizerem.
... Quanto ao lançamento do (Professor) Marcelo, na corrida a Belém, acho que não deve deixar de lhe expressar as suas doutas opiniões por forma a sermos poupados das suas (dele) azucrinadelas dominicais...não há pachorra! E o sintoma de doença (grave) é que agora, parece, que até ele acredita no que diz....
P. S.
... mas que é imposto como necessário, sem alternativa - mesmo a quem preferisse viver numa "respublica" que não fosse arena de tão anedóticas palhaçadas.
Caro Chantre: sente-se excluído, ameaçado pela democracia republicana, devido às suas convicções não-republicanas?
"Democracia republicana"? A democracia não precisa de adjectivos; melhor, não comporta adjectivos. Faça-o, e limita-a sempre, caro professor.
Já se falou em "circo", em "arena", em "espaço público" (prefiro esta última expressão, embora também simpatize com as outras).
Este assunto(parece-me) nada tem com esse espaços. Tem apenas com o televisivo.
A República é um facto. Dos poucos que o é, de facto. Não está em causa, não constitui um problema para a generalidade dos portugueses.
Porquê transformar "tudo" numa questão "republicana"? O que está em causa é o sistema (talvez?)e não o regime.
O certo é que estes "devaneios", de tão afastados da realidade, causam tanto entusiasmo que até proporcionam respostas directas do autor do blogue, tal a simpatia (ou o inesperado) da questão assim colocada.
É apenas uma hipótese interpretativa, da minha parte, da qual peço de antemão desculpas, não vá ferir inadvertidamente alguém.
- Isabel X -
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