Henri Matisse Porte-fenêtre à Collioure, 1914
Óleo sobre tela
116 x 89 cm
8 comentários:
Isabel X
disse...
Assim se desfazem os equívocos. Nem porta nem janela: porta-janela, em simultâneo... a simultaneidade de planos reconstrutora de espaços, redentora da realidade que em si mesma cria. Nada de mais sofisticado do que a simplicidade (aparente?) Não confundir com facilidade. Adorei.
"Porte-fenêtre à Collioure", segundo Henri Matisse; "Fenêtre française" no título deste post:
Pourquoi pas "porte française"? ou "Porte-fenêtre française"? Toujours un particulier interet, (un "je ne sais quois") par les fenêtres, n'est-ce pas?
Também em Portugal a censura cortava muito nos filmes, como terá sido o caso do filme "Je vou salue Marie", que a Cláudia refere como proibido no Brasil.
Já o "Último Tango em Paris" foi mesmo proibido por cá, e só passou nas salas de cinema depois do 25 de Abril de 1974. Assumiu uma importância desproporcionada em Portugal por isso.
Não pode ser exibido, não tem permissão em território nacional para ir ao público, Je vous Salue Marie, de Godart, alegam, implica questões de valores cristãos. Livre expressão deve ter limite?... Se o têm para tal, coisa pouca não deve ser. Certamante, não faz falta à Godart um público brasileiro, também, nada acrescentará ao mesmo público, se não for um gôsto de apreciação saudável e sem maldades. Certos de que, não perdemos o nada do Godart, do tudo que nos olha. Isabel X, o "nada" pode ser uma expressão, ou, uma idéia. Estas questões são as vezes, um quiprocó, até nos remeter para não apreciação da arte.
Quer dizer, Cláudia, que a proibição do filme "Je vous salue Marie" continua em vigor no Brasil. Nem pensei que isso fosse possível agora...
Pensei que isso só tinha acontecido no período da ditadura. Em democracia, para mim, não faz sentido que não passe. Quem quer vê, quem não quer não vê.
Quanto à questão do "Nada de Godard", ela foi-me sugerida pelo "seu" espectro, Cláudia. Além disso, penso que não devemos evitar conhecer os pensamentos, por recearmos os efeitos perniciosos que possam ter. E se nos fizerem pensar, colocar algumas ideias feitas em causa, dar um passo mais longe?
Nada mais criativo do que aquilo que resulta da transgressão... Parece-me.
Veja como Isabel X, a negativa especificamente a este filme de Godart, transita em um momento democrático, mas a atitude não é de ordem política e sim moral, a qual ofende os princípios da devoção a Maria no território da nação brasileira que tem por ingredientes os estatutos da Santa Madre Igreja. Porém a proibição vigora nas salas de cinema, na transmissão em massa, ao exemplo que se especificamente eu, Cláudia tiver interesse particular, posso adquirir o filme e ver em casa, sem maiores responsabilidades. Mas, comercialmente caracterizando público, não. Implicaria responder ao processo de crime. Como podem ver a opinião crítica está preservada pelo chamado Estado de Direito. Talvez, para a arte cinematográfica foi uma forma civilizada de filtro. Com relação a Matisse, o que mencionei por espectro, é apenas a visão em marca d'água de um rosto, caracterizado de forma excepcional no diferencial desta obra, consagrando a astúcia pela forma sutíl de como Matisse é criativo.
8 comentários:
Assim se desfazem os equívocos. Nem porta nem janela: porta-janela, em simultâneo... a simultaneidade de planos reconstrutora de espaços, redentora da realidade que em si mesma cria.
Nada de mais sofisticado do que a simplicidade (aparente?) Não confundir com facilidade. Adorei.
"Porte-fenêtre à Collioure", segundo Henri Matisse; "Fenêtre française" no título deste post:
Pourquoi pas "porte française"? ou "Porte-fenêtre française"? Toujours un particulier interet, (un "je ne sais quois") par les fenêtres, n'est-ce pas?
- Isabel X -
"Matisse faz graça, com um espectro para assombrar a janela".
"A imagem é o olhar do Nada sobre nós!"
Dito em "O Elogio do Amor" de Jean-Luc Godard.
- Isabel X -
O Godard é o francês autor de Je vous Salue, Marie... Interessante, foi proibido aqui no Brasil.
Também em Portugal a censura cortava muito nos filmes, como terá sido o caso do filme "Je vou salue Marie", que a Cláudia refere como proibido no Brasil.
Já o "Último Tango em Paris" foi mesmo proibido por cá, e só passou nas salas de cinema depois do 25 de Abril de 1974. Assumiu uma importância desproporcionada em Portugal por isso.
- Isabel X -
Não pode ser exibido, não tem permissão em território nacional para ir ao público, Je vous Salue Marie, de Godart, alegam, implica questões de valores cristãos. Livre expressão deve ter limite?... Se o têm para tal, coisa pouca não deve ser. Certamante, não faz falta à Godart um público brasileiro, também, nada acrescentará ao mesmo público, se não for um gôsto de apreciação saudável e sem maldades. Certos de que, não perdemos o nada do Godart, do tudo que nos olha.
Isabel X, o "nada" pode ser uma expressão, ou, uma idéia. Estas questões são as vezes, um quiprocó, até nos remeter para não apreciação da arte.
Quer dizer, Cláudia, que a proibição do filme "Je vous salue Marie" continua em vigor no Brasil. Nem pensei que isso fosse possível agora...
Pensei que isso só tinha acontecido no período da ditadura. Em democracia, para mim, não faz sentido que não passe. Quem quer vê, quem não quer não vê.
Quanto à questão do "Nada de Godard", ela foi-me sugerida pelo "seu" espectro, Cláudia. Além disso, penso que não devemos evitar conhecer os pensamentos, por recearmos os efeitos perniciosos que possam ter. E se nos fizerem pensar, colocar algumas ideias feitas em causa, dar um passo mais longe?
Nada mais criativo do que aquilo que resulta da transgressão... Parece-me.
- Isabel X -
Veja como Isabel X, a negativa especificamente a este filme de Godart, transita em um momento democrático, mas a atitude não é de ordem política e sim moral, a qual ofende os princípios da devoção a Maria no território da nação brasileira que tem por ingredientes os estatutos da Santa Madre Igreja. Porém a proibição vigora nas salas de cinema, na transmissão em massa, ao exemplo que se especificamente eu, Cláudia tiver interesse particular, posso adquirir o filme e ver em casa, sem maiores responsabilidades. Mas, comercialmente caracterizando público, não. Implicaria responder ao processo de crime.
Como podem ver a opinião crítica está preservada pelo chamado Estado de Direito. Talvez, para a arte cinematográfica foi uma forma civilizada de filtro.
Com relação a Matisse, o que mencionei por espectro, é apenas a visão em marca d'água de um rosto, caracterizado de forma excepcional no diferencial desta obra, consagrando a astúcia pela forma sutíl de como Matisse é criativo.
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