Recolheu-se, entre aplausos, a orquestra "Silêncio". No entanto, à saída, O'Neill interpelava, sardónico, alguns soixantehuitards que trotavam, em solilóquio interminável, rua Voz do Operário acima:
Não o amor não tem asas
se tem asas são as mãos
que se enlaçam para a festa
maravilhosa do corpo
e entre elas o coração
coração acordeão
Alexandre O'Neill, Coração Acordeão. Lisboa, O Independente, 2004.p. 13
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