A questão que a meu ver se coloca hoje a Manuel Alegre e à sua candidatura é que ela não pode ser apenas uma reedição da candidatura de há quatro anos. O arranque ontem, pelo cenário escolhido e pelos temas do discurso, não denunciou, a meu ver, uma clara compreensão das novas exigências. Alegre quer candidatar-se em maré de expansão dos poderes presidenciais em época de crise ou quer ser o garante do equilíbrio semi-presidencial em fase de governo minoritário?
Os Presidentes posteriores à revisão constitucional de 1982 caminharam sempre de governos de minoria para governos de maioria (em coligação ou maioria de um só partido). Ao semi-presidencialismo parece "repugnar" o governo de maioria relativa, potencial gerador de instabilidade política. Com o actual Presidente, o ciclo inverteu-se: começou com uma maioria absoluta e está agora com uma maioria relativa.
sábado, 16 de janeiro de 2010
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1 comentário:
"O óptimo é inimigo do bom!" Diz o povo que tanto sabe. Considero Manuel Alegre excessivamente vaidoso (mais um entre tantos). Não confio em homens vaidosos... Mas nos tempos que correm quem melhor pode (talvez?) derrotar (talvez, pelo menos talvez...) Cavaco Silva?
- Isabel X -
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