Eduardo Lourenço escolheu "Deus sabe quanto amei" de Vincente Minnelli, 1958, para falar de cinema na Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, Famalicão.
O jovem Eduardo, nascido na Guarda em 1923, foi muito novo inoculado com o virus do cinema, na altura em que o sonoro fazia a sua aparição triunfante. Era um tempo em que se ia ao cinema não para comer pipocas mas para espreitar pela janela de um novo mundo - imaginário - e para participar de uma nova sociabilidade.
A invenção do cinema afirmava-se então como a invenção de um novo mundo - disse Eduardo Lourenço. De certa forma, um céu portátil, inventado pelos homens para substituir aquele que estava a ser perdido (nos anos 30).
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
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1 comentário:
Uma excelente escolha de Eduardo Lourenço. Outra coisa não seria de esperar. "Deus sabe quanto amei é das histórias de amor mais completas e bem contadas de sempre. Das tais que constroem a nossa ideia de amor, mesmo a daqueles que nunca o viram. Passa a fazer parte do imaginário colectivo, ou como lhe queiram chamar.
Quanto às pipocas, seja qual for a hora da sessão, sempre há quem tenha vontade de as comer. E, no entanto, é um hábito que incomoda.
"O filme do desassossego" de João Botelho tem passado nos cine-teatros e não nas salas de cinema (também) para evitar as pipocas, segundo diz quem o apresenta.
- Isabel X -
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