Uma lâmpada cheia de azeite vangloriava-se,
uma noite, perante os que passavam ao pé de si,
que era superior à estrela da manhã,
pois projectava uma luz mais forte que todas.
De repente, sacudida por um sopro de vento
que se levantou, apagou-se. Alguém, que a reacendeu,
disse-lhe: "Brilha, mas deixa-te estar calada, ó lâmpada;
a luz dos astros, essa, não morre".
Bábrio
Antologia da Poesia Grega Clássica. Tradução e notas de Albano Martins.
Lisboa, Portugália Editora, 2009. p. 465.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
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4 comentários:
Viva caro João Serra.
Belíssimo. Vou "roubar" para o meu blog com medo de a perder.
Abraço.
O problema é que temos duas lâmpadas, não de azeite mas de óleo fula, tentando brilhar e convencidas mesmo que o seu brilho brilha mais que o Sol.
Uma maravilha. Vou guardar
bjs
Nada mais fulo, do que as bençãos de um anonimato.
Quantos as lâmpadas brilham, enquanto trazem n'alma o frescor da apreciação agradável.
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