Muito interessante... Nesse caso, pintura e desenho são o mesmo. A limitação dos meios que ocorre no desenho torna-o (talvez) mais adequado à aprendizagem, e conduz a um resultado mais puro em termos da forma.
Também aqui me lembro de uma história que me aconteceu. Lagoa Henriques costumava almoçar num restaurante, mais tasca que outra coisa, onde fui uma vez com amigos. Após a refeição, reparei que ele desenhava de um modo rápido, com grande destreza, na toalha da mesa.
Olhava em frente e desenhava directamente com o dedo que ia molhando no resto de vinho que tinha no copo, no resto do café que tinha na chávena.
Entretanto, um dos amigos com quem eu estava foi cumprimentá-lo porque havia sido seu aluno no curso de pintura em Belas Artes. Quando voltou disse que o mestre tinha desenhado o meu rosto e que era espantoso como logo se reconhecia ser eu quem ali estava.
Naquele tempo não tive coragem de abordar o artista e ir "ver-me" no que ele pintara. Agora tenho pena de não o ter feito...
A seguir, ele rasgou o pedaço de papel, enrolou-o e foi-se embora. Em casa, disseram-me, tinha uma enorme quantidade de rolinhos como aquele. Todos os dias desenhava daquele modo, após o almoço.
1 comentário:
Muito interessante... Nesse caso, pintura e desenho são o mesmo. A limitação dos meios que ocorre no desenho torna-o (talvez) mais adequado à aprendizagem, e conduz a um resultado mais puro em termos da forma.
Também aqui me lembro de uma história que me aconteceu. Lagoa Henriques costumava almoçar num restaurante, mais tasca que outra coisa, onde fui uma vez com amigos. Após a refeição, reparei que ele desenhava de um modo rápido, com grande destreza, na toalha da mesa.
Olhava em frente e desenhava directamente com o dedo que ia molhando no resto de vinho que tinha no copo, no resto do café que tinha na chávena.
Entretanto, um dos amigos com quem eu estava foi cumprimentá-lo porque havia sido seu aluno no curso de pintura em Belas Artes. Quando voltou disse que o mestre tinha desenhado o meu rosto e que era espantoso como logo se reconhecia ser eu quem ali estava.
Naquele tempo não tive coragem de abordar o artista e ir "ver-me" no que ele pintara. Agora tenho pena de não o ter feito...
A seguir, ele rasgou o pedaço de papel, enrolou-o e foi-se embora. Em casa, disseram-me, tinha uma enorme quantidade de rolinhos como aquele. Todos os dias desenhava daquele modo, após o almoço.
- Isabel X -
Enviar um comentário