No passado dia 8, a Biblioteca de Geografia e História da Universidade Complutense de Madrid assinalou, na rubrica "Efemérides" que mantém no Facebook, a data da morte de Pablo Picasso (8 de Abril de 1973). Indicou, a propósito, um pequeno filme que mostra o pintor a desenhar, chamando a atenção para a segurança e vitalidade da mão de um homem de 69 anos. A questão essencial não é todavia essa, mas a da evidência de que um grande pintor é sempre, e em primeiro lugar, um desenhador, um desenhador, um desenhador. Mais interessante, para o demonstrar, no caso de Picasso, seria mostrar os seus primeiros trabalhos. Está lá o talento e o exercício que permite adivinhar o que veio a ser.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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4 comentários:
Viva caro João.
Excelente vídeo. Comoveu-me. Vou levá-lo para o meu blogue para não o perder.
Obrigado.
Abraço.
"Quando tinha doze anos desenhava como Rafael, depois tenho passado a vida a tentar desenhar como as crianças", escreveu Pablo Picasso.
Strawinski corrigia constantemente um músico a quem ensinava composição, não lhe perdoando uma só falta às regras clássicas. Um dia ele disse-lhe : "Mas o Mestre transgride todas elas nas suas composições!" . Strawinski respondeu: "Sim, mas para isso tive que as aprender todas primeiro...".
Muito belo e inquietante este testemunho. A certeza de um traço desenhado sem hesitações é inspirador.Já a questão dos 69 anos é totalmente irrelevante.
Ver este filme fez-me lembrar uma das conversas que tive com Ferreira da Silva. Contou-me ele, dessa vez, que na adolescência insistia com o pai para que o deixasse pintar com as suas tintas. Ao que o pai lhe responderia, segundo o seu testemunho (de filho): "Desenha com lápis de ouro e pinta com tintas de m..." Era "aquela" palavra feia mesmo.
Parece, pois, que se deve "desenhar, desenhar, desenhar".
-Isabel X -
Caros amigos: obrigado pelos vossos estimulantes comentários.
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