Até à data nada foi feito para contrariar o divórcio urbanístico entre a cidade das Caldas da Rainha e a Escola Superior de Artes e Design. O campus está hoje mais afastado do centro, devido às barreiras constituídas por uma circular com duas faixas de rodagem em cada sentido e um denso quarteirão habitacional que ocupou os espaços vazios. É mais difícil e perigoso agora ir a pé ou de bicicleta para a ESAD. Em suma, caminhou-se no sentido inverso do que seria desejável.
Há três anos que, com reduzido eco, venho alertando para esta situação e insistindo com todas as instituições e responsáveis políticos envolvidos na necessidade de corrigir e inverter esta tendência de segregação e fragmentação urbanas.
Entre as diversas medidas que podem ser sugeridas, creio que uma se torna cada vez mais oportuna: criar no centro da cidade um espaço de que a escola possa fazer montra e extensão, onde os alunos possam apresentar trabalhos e fazer experiências criativas, onde, em suma, a escola se revele e desvele.
Se a escola é conhecimento e criação, todo o espaço urbano que lhe seja afectado é um contributo para a melhor regeneração urbana: aquela que se processa com resgate de áreas degradadas para o exercício do talento e da criatividade.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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2 comentários:
Numa cidade que já teve o "descaramento" de se auto-entitular "cidade da cultura"...é triste ver que, numa cidade com uma escola superior de Artes, não haja uma maior ligação entre o Concelho/Autarquia e a ESAD. No entanto, e na realidade, nada disto me espanta, uma vez que resulta de um poder autárquico autista, limitado, retrógrado e com os olhos postos apenas no seu próprio umbigo.
(Desculpe a "invasão" e o desabafo, e parabéns pelo blog).
Percurso de bicicleta para a ESAD? Ó meu caro senhor, seja moderno! Onde é que já se viu promover o uso de bicicleta como meio de deslocação individual, ainda por cima em espaço urbano? Ciclovias para bicicletas de montanha, para derreter banhas envolto em ridículos fatos flourencentes ao fim-de-semana, isso sim! O senhor é bem retrógrado, desculpe que lhe diga!
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