Curioso exercício: no seu blogue Margens de Erro, Pedro Magalhães procedeu a uma conversão dos resultados europeus em mandatos de deputados. Vejamos o que apurou:
Mais curioso que este exercício é o facto de, num blogue em que ontem se afirmava não haver qualquer relação entre as eleições europeias e as legislativas, se transforarem hoje os votos das europeias em mandatos na assembleia legislativa! Será que o estafado "papão" do bloco central justifica tudo?
Se se confirmar a ideia de bloco central, temo que a área da Educação ficará refém das nefastas políticas actuais e a defesa de uma escola pública de qualidade para todos e com poder democrático sofrerá uma derrota ainda mais contundente que a actual e que o seu resgate dos interesses inconfessáveis que por aí pululam será ainda mais difícil de concretizar.
Vamos aguardar.
Abraço.
Paulo Prudêncio
Ps: na minha modestíssima opinião, deveria existir política para além da aritmética; e a questão tão repetida que no "arco do poder" é que está a responsabilidade tem os resultados que todos conhecemos; um país sem alternativas torna-se ingovernável e empobrece todos os dias.
Só posso concordar com o Paulo P,uma sociedade sem alternativas é uma sociedade sem democracia.O Bloco Central sê-lo-ia e está a ser agitado como forma de "convencer" os eleitores do PS afastados por Sócrates a "regressar". Estou convencido que a próxima solução governativa não passa por José Sócrates (felizmente)e poderá provavelmente não incluir o PS (infelizmente, mas só o actual governo é responsável por isso).
O autor do blogue citado já corrigiu as suas conclusões, acrescentando outras soluções que não são tão do agrado dos interesses mais instalados:
"Estou aqui a presumir que os resultados nos círculos Europa e Fora da Europa seriam iguais aos de 2002. Em suma, neste exercício, PSD+CDS têm 112 deputados. PS+CDU+BE têm 117."
Eu sei que as sondagens e as antecipações políticas em geral excitam muito os comentadores. Mas, por favor, não me acusem de inventar argumentos contra o bloco central. Há quem o defenda, quem o recuse, quem o ache execrável e quem o ache desejável. São opções, todas legítimas e justificáveis, penso eu. O que eu não gostaria era que viesse a ser uma solução inevitável. Algum problema em discutir o problema?
Muito francamente, percebi que o título do post era muito mais do que a conclusão da aritmética :) :) (não sei como se mete um sorriso ou um piscar de olho por aqui).
Ontem, pelo que ouvi, na Assembleia da República alguém concluiu assim o confronto que se avizinha: um bloco social de esquerda contra um bloco social de direita. Já é uma evolução. Seja com os actuais ou com outros protagonistas.
7 comentários:
Mais curioso que este exercício é o facto de, num blogue em que ontem se afirmava não haver qualquer relação entre as eleições europeias e as legislativas, se transforarem hoje os votos das europeias em mandatos na assembleia legislativa!
Será que o estafado "papão" do bloco central justifica tudo?
Viva João Serra.
Se se confirmar a ideia de bloco central, temo que a área da Educação ficará refém das nefastas políticas actuais e a defesa de uma escola pública de qualidade para todos e com poder democrático sofrerá uma derrota ainda mais contundente que a actual e que o seu resgate dos interesses inconfessáveis que por aí pululam será ainda mais difícil de concretizar.
Vamos aguardar.
Abraço.
Paulo Prudêncio
Ps: na minha modestíssima opinião, deveria existir política para além da aritmética; e a questão tão repetida que no "arco do poder" é que está a responsabilidade tem os resultados que todos conhecemos; um país sem alternativas torna-se ingovernável e empobrece todos os dias.
Ainda bem que estou colocado perante uma pergunta e blogue de é retirada tem por nome "Margens de Erro"...
João Ramos Franco
Só posso concordar com o Paulo P,uma sociedade sem alternativas é uma sociedade sem democracia.O Bloco Central sê-lo-ia e está a ser agitado como forma de "convencer" os eleitores do PS afastados por Sócrates a "regressar".
Estou convencido que a próxima solução governativa não passa por José Sócrates (felizmente)e poderá provavelmente não incluir o PS (infelizmente, mas só o actual governo é responsável por isso).
Viva João Serra.
O autor do blogue citado já corrigiu as suas conclusões, acrescentando outras soluções que não são tão do agrado dos interesses mais instalados:
"Estou aqui a presumir que os resultados nos círculos Europa e Fora da Europa seriam iguais aos de 2002. Em suma, neste exercício, PSD+CDS têm 112 deputados. PS+CDU+BE têm 117."
Abraço.
Paulo Prudêncio.
Eu sei que as sondagens e as antecipações políticas em geral excitam muito os comentadores. Mas, por favor, não me acusem de inventar argumentos contra o bloco central. Há quem o defenda, quem o recuse, quem o ache execrável e quem o ache desejável. São opções, todas legítimas e justificáveis, penso eu. O que eu não gostaria era que viesse a ser uma solução inevitável. Algum problema em discutir o problema?
Viva João Serra.
Concordo com as suas observações, se me permite.
Muito francamente, percebi que o título do post era muito mais do que a conclusão da aritmética :) :) (não sei como se mete um sorriso ou um piscar de olho por aqui).
Ontem, pelo que ouvi, na Assembleia da República alguém concluiu assim o confronto que se avizinha: um bloco social de esquerda contra um bloco social de direita. Já é uma evolução. Seja com os actuais ou com outros protagonistas.
Abraço.
Paulo Prudêncio.
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