quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Buon Giorno, Principessa

3 comentários:

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Superacção!

S. J. disse...

Esta também é a acção humana empenhada em superar-se, degrau a degrau. Uma espécie de cidade sonora que a si mesma, hesitante, se vai pensando e erguendo naquele espaço íntimo que é só pertença de cada um de nós.
No movimento inicial, as cordas desenham, tímidas, as primeiras vias, com todos os sentidos por abrir. Depois, vão nascendo as margens, calcetadas de calcário e basalto, marcadas a branco e negro no rumor das teclas.
O pleno fôlego da orquestra, vendaval solar, obriga o peito a afogar-se do ar que respira e o olhar a beber a luz que chega de todos os lados. E no entanto, os dedos (ou os deuses?) parecem hesitar ainda no caminho por que enveredar, poisam nas teclas como se dançassem, muito de leve.
Há, assim, uma história que se narra até, "sotto voce", anunciar o próprio fim. Esfuma-se, devagar, como as cidades que vão passando e ainda passam e já passaram além da janela do comboio.

Isabel Soares disse...

O filme que este pequeno excerto musical nos recorda, conta uma linda história de amor. Uma história que materializa um Cavalo Verde: verde de verdade, porque a VERDADE é VER(DA)DE.