Quanto eito, amplidão, sonhastes mar! Laço fiel, alma do tempo sem maldade no manto amar: liberdade e lá se vão, frescor bradara de exaltares a verdade.
Livre em berço és vivo, largo oceano ascendestes do segredares a tal idade quisestes nascer por insular o boreal, em navegado sol por navegar saudade.
Brotada concha e, eis a forma alcançara então na prece, o desenho é onda afora barcos marinhos, cor e seres, projectado
...abismo?! No Senhor a luz o penhorado oh' mar molhado, ouro azul vossa razão ao som da vida, concebera-o perfeição.
2 comentários:
Quanto eito, amplidão, sonhastes mar!
Laço fiel, alma do tempo sem maldade
no manto amar: liberdade e lá se vão,
frescor bradara de exaltares a verdade.
Livre em berço és vivo, largo oceano
ascendestes do segredares a tal idade
quisestes nascer por insular o boreal,
em navegado sol por navegar saudade.
Brotada concha e, eis a forma alcançara
então na prece, o desenho é onda afora
barcos marinhos, cor e seres, projectado
...abismo?! No Senhor a luz o penhorado
oh' mar molhado, ouro azul vossa razão
ao som da vida, concebera-o perfeição.
Por ti lutavam deuses desumanos.
E eu vi-te numa praia abandonado
À luz, e pelos ventos destroçado,
E os teus membros rolaram nos
oceanos.
Sophia de Mello Breyner, Mar
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