Justificar-se-ia, creio, a elaboração de um roteiro, a que eu próprio gostaria de ter podido dedicar algum tempo, dessas marcas de Pancho Guedes na cidade.
Aqui vão as informações de que disponho para os edifícios "Leão que Ri" e "Padaria do Saipal", que, salvo erro, são referidos no seu comentário.
Num texto de 2004, escreveu o próprio Pancho:
"o leão que ri está situado na esquina da avenida princesa patrícia e rua heróis de nevala, crreira de tiro, lourenço marques".
"o leão sobrevive, gasto e sujo - refúgio de indigentes, marginais e crianças. o leão que ri é agora simultaneamente horrível a maravilhoso".
Sobre o Saipal, apenas lhe posso referir o que figura na exposição do CCB, na ficha da autoria do próprio Guedes:
"A padaria Saipal era a sede e a fábrica da Cooperativa de Padeiros de Lourenço Marques. (...) Desenhei o edifício com base nas plantas de máquinas fornecidas pelos fabricantes alemães de fornos e outro equipamento. Infelizmente as máquinas não sabiam fazer pão à portuguesa e recusaram-se a ser adaptadas. Os padeiros começaram a desentender-se e a Saipal em breve abriu falência".
Ainda existirão restos do edifício, no bairro de Maxaquene?
"Um edificio memorável assassinado pela ignorancia governamental está atrás do cemiterio SF Xavier, a antiga padaria SAIPAL, mesmo perto do hangar dos TPU(ex-SMV)".
1 comentário:
Cumpri aquilo a que me propuz há alguns posts atrás: fui ver a exposição de Pancho Guedes, ao CCB!
Propunha-me agora contar a história de ter sido o filho, Pedro, quem soube desenhar o edifício "O Leão que ri", segundo o pai, mas essa belíssima história está na "Estrada Poeirenta" para a qual se vai, indo por este blogue. Pelo que já não vale a pena...
O que importa é fazermos o que nos propomos (coisa que quase já ninguém faz) e aprendermos coisas nossas com isso.
Achei graça ao "Stiloguedes" ser "(...)uma bizarra e fantástica família de edfícios com bicos e dentes(...)". Quantos se poderão gabar de ter construído (constituído?) uma família assim?
- Isabel X-
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